Gabriel Gontijo - 01/03/2018 14h25 | atualizado em 01/03/2018 14h46

Há dez anos, o Brasil perdeu um dos maiores nomes do rádio: Haroldo de Andrade. Ele nasceu em 1° de maio de 1934, em Curitiba, Paraná. E começou a carreira aos 15 anos na Rádio Clube Paranaense.

Aos 19 anos, mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro e estreou na Rádio Mauá com o programa Musifone. No início dos anos 60, foi contratado pela Rádio Globo e apresentou o Programa Haroldo de Andrade, líder de audiência por 40 anos.

O programa ficou famoso pelos debates populares e pelo bom-dia, levado ao ar no início da atração. Nesse quadro, Haroldo fazia crônicas diárias ao som do Concerto nº 1 de Tchaikovsky, tocado pela orquestra de Ray Conniff.

A produtora de rádio Karla de Lucas trabalhou 12 anos com Haroldo na Globo. Ela falou ao Pleno.News como entrou para a equipe e como era conviver com o comunicador.

– Eu já trabalhava na Globo, com o Afonso Soares. Mas o José Carlos Cataldi saiu da produção e o Haroldo me convidou para fazer parte da equipe do programa dele. Fiz o teste e passei. Ele era muito reservado, mas era um grande profissional. Participava ativamente das reuniões de pauta e ouvia atentamente toda a equipe – lembrou de Lucas.

O jornalista Alex de Souza trabalhou com o comunicador na Rádio Haroldo de Andrade por quatro anos. Para ele, esse período foi praticamente uma universidade, pois aprendeu muito com o comunicador. Ele também foi o primeiro a informar sobre a morte do radialista.

– Eu apresentava o programa Sábado a 1.060 e, em determinado momento, notei uma correria no estúdio de gravação, que ficava de frente para o principal. No final da tarde, por volta das 18 h, o Walmir Bento (operador do Haroldo) falou que o Haroldão tinha falecido e que toda a programação ia mudar. Eu pedi calma pra todo mundo e dei a notícia.

Souza recordou que, depois disso, os ouvintes ligaram para a rádio querendo mais detalhes. Após encerrar o seu programa, ele foi até onde Haroldo estava internado, o Hospital Pró-Cardíaco em Botafogo, na Zona Sul da cidade.

O comunicador morreu vítima de complicações de diabetes aos 73 anos. Ele foi homenageado em 2011, com a inauguração de um busto na estação de metrô da Glória.

Leia também1 Parabéns, Cidade Maravilhosa! Rio de Janeiro faz 453 anos
2 Feliciano defende direitos da família na Rádio Jovem Pan
3 Após polêmica, rádio Jovem Pan cede espaço para Feliciano