Henrique Gimenes - 26/07/2017 15h51 | atualizado em 26/07/2017 16h17

A Secretaria do Tesouro Nacional informou, nesta quarta-feira (26), que as contas do governo central registraram um deficit de R$ 19,8 bilhões no mês de junho deste ano. Com o resultado, o primeiro semestre registrou um deficit primário de R$ 56 bilhões. O resultado nos primeiros seis meses do ano é o pior desde o início da série histórica, em 1997.

No mês, as despesas registraram um crescimento de 10,6% comparado a junho de 2016. O total, já com a inflação, chegou a R$ 106,4 bilhões, explicada em parte pela antecipação dos pagamentos de precatórios (decisões de pagamentos expedidas pelo judiciário) relativos a despesas de custeio e capital. Somente o pagamento, realizado em junho, totalizou R$ 8,3 bilhões. Já a receita líquida apresentou um crescimento de 0,5%, para R$ 86,6 bilhões.

No primeiro semestre, o resultado se deve à redução das receitas líquidas em 2,7%, para R$ 548,18 bilhões, e elevação das despesas em 0,5%, para R$ 604,27 bilhões. O deficit da Previdência chegou a R$ 82,9 bilhões no ano, contra um valor de R$ R$ 60,4 bilhões em 2016.