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Ex-presidente pediu que o atual se reúna com os governadores e o Congresso para combater a pandemia

Pleno.News - 17/03/2021 20h56 | atualizado em 18/03/2021 10h25

Ex-presidente Michel Temer falou sobre o governo do presidente Jair Bolsonaro Foto: PR/Alan Santos

O ex-presidente Michel Temer (MDB) sugeriu, nesta quarta-feira (17), que o presidente Jair Bolsonaro convoque toda a imprensa para uma entrevista coletiva em que o mandatário reconheceria ter apostado equivocadamente contra a urgência da vacinação contra a Covid-19 e contra a adoção de medidas restritivas à circulação de pessoas.

– O presidente Bolsonaro está em um grande momento para modificar a postura anterior dele, com um novo ministro da Saúde, a situação de crise se agravando, a pandemia em fase um, dois, três apavorando o país todo – afirmou o ex-presidente em entrevista à CNN Brasil.

Na visão de Temer, seria importante o atual presidente fazer uma nova reunião com todos os governadores e o Congresso Nacional para defender que todos se unam no combate à pandemia.

Desde a chegada do coronavírus ao Brasil, Bolsonaro criticou prefeitos e governadores que restringem o comércio e a circulação de pessoas como prevenção ao contágio pela Covid-19 e ressaltou que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria tirado o poder do Executivo federal na definição de medidas para enfrentar a pandemia.

Temer também defendeu que Bolsonaro faria um gesto de grande significado e daria o exemplo se, quando chegar a fase de vacinação destinada à sua faixa etária, ele se vacinar em público, para estimular a adesão da população à campanha nacional.

Apesar dos conselhos, o ex-presidente reconheceu o “momento difícil” para o governo Bolsonaro.

– Alardeou-se que haveria poucos óbitos, e lamentavelmente o número de mortes vem crescendo e se anuncia que crescerá ainda mais – disse.

Lula
Questionado sobre como o retorno político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), novamente elegível, mexe com o tabuleiro eleitoral de 2022, Temer sustentou que não se deve abandonar a ideia de uma candidatura de centro que se coloque como alternativa ao que ele chamou de “dois radicalismos”.

– Não sem razão, o ex-presidente Lula tem se manifestado com gestos que visam à aproximação do que se costuma chamar de centro. Mas não é improvável a existência de uma terceira candidatura – relatou Temer.

O emedebista também comentou a expectativa pela filiação do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) a seu partido.

– O Rodrigo vai colaborar muito com o MDB com a experiência ao longo do tempo e [como] de presidente da Câmara – disse Temer.

O sucessor de Dilma Rousseff (PT), após o impeachment da petista em 2016, Temer informou ainda que o MDB só vai tomar posição sobre a eleição presidencial no ano que vem.

– É muito apressado dizer se o MDB vai para um lado ou [para] outro. Temos que tratar de 2021, de combater pandemia – disse.

*Estadão

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