Henrique Gimenes - 11/04/2019 20h11 | atualizado em 12/04/2019 12h39

Nesta quarta-feira (10), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a prorrogação de um inquérito contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o responsável pela análise.

Um dos motivos para o pedido foi uma perícia feita em sistemas internos da Odebrecht que apontam o pagamentos de R$ 1,4 milhão a Rodrigo Maia e a seu pai, o vereador do Rio de Janeiro Cesar Maia. Na planilha, o presidente da Câmara aparece como “Botafogo” e “Inca”. Já seu pai é chamado de “Déspota”.

Com a prorrogação do inquérito, Dodge quer dados de cadastro de terminais telefônicos usados por Cesar Maia, por Rodrigo Maia e por João Marcos Albuquerque, ex-coordenador de campanha de Cesar Maia.

“Tendo em vista que os colaboradores indicaram os números dos telefones utilizados nas tratativas mantidas com os investigados (fls. 38/43), mostra-se relevante a obtenção dos históricos de cadastro dos terminais telefônicos utilizados por César Maia, por Rodrigo Maia e por João Marcos Cavalcanti de Albuquerque, providência já requerida pela autoridade policial, por meio dos ofícios de fls. 490/495, endereçados às empresas de telefonia”, escreveu.

O inquérito teve início em abril de 2017, após delações da Odebrecht. Dois depoimentos apontavam que tanto Rodrigo Maia quanto Cesar Maia tinham recebido vantagens indevidas de cerca de R$ 1 milhão entre 2008 e 2013. Eles são suspeitos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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