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Ex-senador Romero Jucá é alvo de operação da Polícia Federal

Ação apura um suposto esquema de corrupção e fraudes em convênios fechados por empresas de engenharia com prefeituras de Roraima

Pleno.News - 23/11/2022 11h42 | atualizado em 23/11/2022 12h00

Ex-senador Romero Jucá Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem 22 mandados de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira (23) para apurar um suposto esquema de corrupção e fraudes em convênios fechados por empresas de engenharia com prefeituras de Roraima, em especial com a da capital, Boa Vista. Entre os alvos da ofensiva está o ex-senador Romero Jucá.

Segundo a Polícia Federal, as companhias sob suspeita de integrarem o esquema seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em convênios durante o período em que foram cometidos os crimes, entre 2012 e 2017. A corporação diz já ter identificado ao menos R$ 15 milhões pagos a título de propina.

A operação foi aberta por ordem da 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima e apura supostos crimes de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com a PF, o nome da ofensiva, Imhotep, faz referência a um “grande engenheiro do Egito antigo, a quem é atribuído a construção de várias obras faraônicas”.

O inquérito que culminou nas diligências cumpridas nesta quarta foi instaurado após o Tribunal de Contas da União (TCU) identificar, em um Relatório de Produção de Conhecimento, as maiores recebedoras de recursos do Programa Calha Norte em Roraima. Os investigadores viram indícios de fraudes em procedimentos para celebração de convênios com prefeituras de Roraima.

Ainda de acordo com a PF, três empresas de engenharia pagariam propinas a servidores públicos que auxiliariam na prática dos crimes e a um ex-senador que teria participação no esquema. Os investigadores apontam que os recursos chegariam ao ex-parlamentar por meio de familiares e de empresas de que são sócios.

– Há indícios que o ex-senador interferiria em assuntos relacionados a convênios nos quais houvesse a aplicação de verbas federais viabilizadas por ele, havendo evidências, inclusive, do “travamento” de pagamentos de verbas oriundas de emendas parlamentares de sua autoria caso não houvesse o pagamento de propinas – registrou a corporação.

*AE

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