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Em nota, PF defende autonomia e rebate acusações de Omar Aziz

Senador insinuou que órgão estaria operando investigação parcial no caso Covaxin

Pierre Borges - 14/07/2021 12h50 | atualizado em 14/07/2021 13h04

Senador Omar Aziz
Senador Omar Aziz, presidente da CPI da Covid-19 Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A Polícia Federal (PF) emitiu uma nota na tarde de terça-feira (13) em resposta às declarações do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, senador Omar Aziz. O senador classificou o trabalho da PF em relação aos convocados pela CPI como algo “muito estranho”. A Corporação investiga se ocorreram crimes na compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde, assunto que também tem pautado a CPI da Covid.

Sem citar a Comissão, a nota da PF começa dizendo que a investigação “atende às disposições constitucionais” e que há um “prazo regular para sua conclusão”. Também declara que a PF possui métodos próprios de investigação, “devidamente supervisionados pelo Poder Judiciário e reconhecidos nacional e internacionalmente”.

Na sessão de terça (13), Omar Aziz destacou que a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, foi “inexplicavelmente” ouvida pela PF um dia antes de depor na CPI e que o sócio da mesma empresa, Francisco Maximiano, também na véspera de comparecer à Comissão, tornou-se investigado pela PF.

A nota da corporação afirma que “a produção de provas, sobretudo a oitiva de pessoas que possam contribuir para a elucidação dos fatos, não está atrelada a outras investigações em andamento sobre o caso” e que a instituição “trabalha de forma isenta e imparcial […] sem perseguições ou proteções de qualquer natureza”.

Esta não é a primeira vez que as declarações de Aziz geram mal-estar entre a Câmara e outras instituições brasileiras. Recentemente, falas do senador indicando que haveria corrupção nas Forças Armadas culminaram em uma nota dura contra o senador, assinada pelo ministro de Defesa Braga Netto e pelos comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A CPI convocou Braga Netto para prestar esclarecimentos sobre a nota.

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