Renan diz que governo usa PF para influenciar na CPI da Covid
Cúpula da comissão acusa o governo de forçar testemunhas a não falarem
Pleno.News - 14/07/2021 10h54 | atualizado em 14/07/2021 11h35
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), acusou o governo do presidente Jair Bolsonaro de usar politicamente a Polícia Federal (PF) para barrar a investigação no Senado.
Na terça-feira (13), a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, ficou em silêncio na CPI após prestar depoimento na Polícia Federal. A cúpula da CPI acusa o governo de usar a PF para forçar testemunhas a não falarem na CPI, já que se tornaram investigadas pela polícia.
– A Polícia Federal é uma instituição respeitável, e eu considero inadmissível que um governo, através do Ministério da Justiça, queira utilizar politicamente a Polícia Federal. O que importa é tomar depoimentos para que tenhamos um rápido esclarecimento dessa roubalheira toda – disse Renan à imprensa antes da sessão desta quarta-feira (14), convocada para ouvir novamente a diretora da Precisa que intermediou a compra da vacina Covaxin, investigada pela CPI.
Na terça-feira (13), após o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), falar em “coincidência” de representantes da Precisa Medicamentos se tornarem investigadas pela Polícia Federal antes dos depoimentos à comissão, a corporação divulgou nota defendendo sua atuação no inquérito sobre o processo de compra da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde.
– A CPI se instalou e se criou exatamente porque esses fatos não estavam sendo investigados pela Polícia Federal. Isso é uma coisa no mínimo surpreendente, mas essa coincidência que nós estamos levantando aqui, sinceramente, ela não tem explicação – disse o relator da comissão.
*AE
Leia também1 Secom diz que Bolsonaro foi a hospital para tratar soluços
2 Bolsonaro ficará em observação por até 2 dias após ida a hospital
3 Gilmar manda governo avaliar vacinação de adolescentes
4 Mario Frias chama Felipe Neto de "fedelho" e vai à Justiça
5 Conselho de Ética abre processo contra Barros e Luis Miranda