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Candidato a vereador é morto a tiros por irmão de prefeito

Caso aconteceu na cidade de Patrocínio, em Minas Gerais

Rafael Ramos - 25/09/2020 13h55 | atualizado em 25/09/2020 14h25

Cássio Remis era candidato a vereador e foi morto a tiros Foto: Reprodução

O candidato a vereador da cidade de Patrocínio, em Minas Gerais, Cássio Remis, foi morto a tiros na tarde desta quinta-feira (24). O autor dos disparos é o secretário de Obras da cidade, Jorge Marra, que vem a ser irmão do prefeito de Patrocínio, Deiró Marra. Jorge está foragido.

Instantes antes de morrer, Remis fez uma transmissão ao vivo para denunciar as irregularidades das obras feitas pela Prefeitura. Em determinado momento, Jorge aparece e tenta interromper a live.

– Boa tarde. Estamos aqui na avenida que está servindo para reforma e, para nossa surpresa, mas não para nossa estranheza, nós nos deparamos desde ontem com um arsenal de funcionários da Prefeitura sendo utilizados para fazer o calçamento de onde possivelmente será o comitê eleitoral do prefeito. Isso mesmo, funcionários da Prefeitura, maquinários da Prefeitura… Agora eu pergunto para vocês, moradores dessa avenida, quantos de vocês tiveram a condição de ter esse asfaltamento aqui. Ninguém. Aqui, agora chegando o secretário para me agredir.

A Polícia Civil de Minas Gerais continua investigando o paradeiro do atirador. Durante uma coletiva, o prefeito lamentou o ocorrido e negou ter qualquer tipo de relação com o crime.

– Esperamos que todos os fatos sejam elucidados e apurados de forma transparente pelas polícias, com a mais absoluta isenção de tudo isso. É um fato que choca todos nós. Digo aqui que todas minhas diferenças de campo político sempre foram resolvidas através do debate, jamais tive qualquer atitude fora desse campo. Infelizmente não conheço e não sei de nenhum fato e de nenhuma ação que culminou nessa tragédia, mas posso aqui externar minhas condolências à família do vereador Cássio Remis. Em consideração ao posto que ele ocupou e sua trajetória estamos decretando luto oficial por três dias.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, ficou estarrecido com a notícia e disse que “é inadmissível que o ambiente político se transforme nisso”. Já a Câmara dos Vereadores pediu a Deus “que conforte o coração dos familiares e amigos neste momento de dor”.

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