Bolsonaro tem prerrogativa para nomear militares, diz Pacheco
Presidente do Senado afastou que esteja havendo uma "militarização no Executivo"
Pleno.News - 20/02/2021 14h33 | atualizado em 20/02/2021 16h30
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que o presidente da República tem prerrogativa para escolher membros do governo, quando perguntado sobre um processo de militarização no Executivo no contexto da mudança no comando da Petrobras, e que nas Forças Armadas há pessoas qualificadas para assumir postos do governo.
– Não posso recriminar isso, dizer que há um movimento de militarização, mas sim de escolha de pessoas que possam exercer esses papéis. Temos que compreender e colaborar para que dê certo. Evidentemente, se houver posição A ou B que não esteja desenvolvendo adequadamente, o Congresso tem seus instrumentos de influência política para fazer substituição necessária para o bem do Brasil – disse.
O senador também disse que, apesar das falas de AI-5 ou de invocação de ditadura, não vê ameaças à democracia brasileira, mas, que se houver algum mínimo risco, o Congresso reagirá “à altura e com a severidade necessária”.
Sem fazer nenhuma referência, Pacheco afirmou, porém, que seria melhor que essas falas não fossem ditas, porque é importante a compreensão que o Estado Democrático de Direito existe e que é o melhor “para forjar a ordem e progresso”.
O senador ainda disse que tem pregado a pacificação entre os Poderes, que significa o respeito ao papel institucional de cada um, afirmou ele.
– Talvez a relação com mais amor entre as instituições e Poderes possa ser algo positivo para poder pacificar o Brasil, tenho pregado muito essa pacificação em um momento em que o país precisa muito. Significa o respeito ao papel de cada um, sem interferências. Com o respeito recíproco entre os poderes e ao papel institucional de cada um, certamente vamos ter evolução – afirmou.
O presidente do Senado participou neste sábado (20), de live promovida pelo Grupo Prerrogativas. O tema do debate virtual foi “Sob nova direção: os desafios do Poder Legislativo”.
*Estadão
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