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Após “desconvite” a Fávaro, BB vai tirar patrocínio da Agrishow

Presidente do Banco do Brasil também não participará do evento

Pleno.News - 29/04/2023 08h47 | atualizado em 02/05/2023 15h44

Banco do Brasil Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Banco do Brasil irá retirar o patrocínio da Agrishow, o maior evento agrícola do país. A informação foi confirmada pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, nesta sexta-feira (28).

A decisão ocorre após a organização da feira ter aconselhado o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a participar do segundo dia da feira e alertá-lo sobre a eventual presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na abertura da feira, segunda-feira (1°).

Paulo Pimenta disse ao jornal O Estado de São Paulo que não sabia se a organização da feira já havia sido informada. Ele afirmou que o banco participará da feira mesmo com a retirada do patrocínio. Procurada, a Agrishow afirma que ainda não foi comunicada oficialmente da retirada do patrocínio.

Mais cedo nesta sexta, o Banco do Brasil informou que pretende desembolsar R$ 1,5 bilhão em negócios durante o evento. A presidente do BB, Taciana Medeiros, também não irá mais ao evento após o cancelamento do patrocínio.

A organização da feira nega que tenha retirado o convite ao ministro e diz que se tratou de um “alerta” para evitar eventual constrangimento. A atitude da Agrishow foi vista no governo federal como uma provocação da organização ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, priorizando a oposição no palco.

Fávaro afirmou que foi “desconvidado” da abertura da feira após ter sido informado pelos organizadores que Bolsonaro estaria presente.

– Eu fui desconvidado, talvez para evitar algum mal-estar. Foi pedido se não seria melhor eu ir no dia 2. Eu entendi o recado, compreendo. Em outra oportunidade, eu visito o Agrishow com muito carinho. Tudo no seu tempo – disse Fávaro à CNN Brasil na última quarta (26).

Até a tarde da quinta (27), o presidente da Agrishow, Francisco Maturro, tentava demover o ministro da desistência, pessoalmente e por meio de interlocutores. Ele garantiu a Fávaro que apenas autoridades ocupariam o palco de abertura, o que incluía o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Antes da confirmação de que o banco retiraria o patrocínio, o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, havia sugerido que o governo federal boicotasse a feira.

Ex-chefe da Comunicação no governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten afirmou, no Twitter, que “publicidade e os patrocínios do Banco do Brasil são independentes” e que a “Secom não pode interferir”.

*AE

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