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Após demissão, Bebianno publica texto sobre lealdade

Ministro, no entanto, não mencionou o nome do presidente Jair Bolsonaro

Henrique Gimenes - 16/02/2019 10h22 | atualizado em 16/02/2019 10h48

Gustavo Bebianno, ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Foto: Agência Brasil/José Cruz

Na madrugada deste sábado (16), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, publicou um texto em suas redes sociais falando sobre lealdade. Em sua mensagem, ele afirma que “o desleal, coitado, viverá sempre esperando o mundo desabar na sua cabeça”.

Nesta sexta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro decidiu exonerar o ministro por ele ser o pivô de uma crise após matéria do jornal Folha de S.Paulo. A reportagem aponta que Gustavo Bebianno estava envolvido no uso de candidatos “laranjas” pelo PSL nas eleições do ano passado.

Antes da demissão, Bolsonaro se reuniu com o ministro e, de acordo com o jornal O Globo, chegou a oferecer um cargo em alguma estatal. Ele recusou.

Bebianno, no texto, que é atribuído ao escritor Edgard Abbehusen, diz ainda que “saímos de qualquer lugar com a cabeça erguida ao carregar no coração a lealdade”. E continua: “A lealdade constrói pontes indestrutíveis nas relações humanas. E repare: quando perdemos por ser leal, mantemos viva nossa honra”.

Em nenhum momento de sua publicação, entretanto, Gustavo Bebianno cita Jair Bolsonaro. A demissão do ministro já foi assinada pelo presidente e deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (18).

No domingo (10), matéria do jornal Folha de S.Paulo apontou que Gustavo Bebianno, na época presidente do PSL, liberou R$ 400 mil de recursos do fundo partidário para uma candidata “laranja” de Pernambuco, que recebeu 274 votos durante as eleições do ano passado.

Em uma entrevista ao jornal O Globo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência negou ser o centro de uma crise no governo por causa da investigação sobre os recursos. Bebianno chegou a dizer que se comunicou três vezes com o presidente por meio de um aplicativo de mensagens.

O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, no entanto, afirmou que o ministro mentiu ao dizer que falou com seu pai. Ele publicou um áudio em que Jair Bolsonaro se recusa a falar com Bebianno do hospital. O presidente também negou, durante uma entrevista à RecordTV, ter conversado com ele.

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2 Após reunião com Bolsonaro, Bebianno deve sair do governo

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