Leia também:
X Preso médico suspeito de fazer prova por vestibulandos

Tiro que matou adolescente foi intencional, conclui polícia

Isabele Guimarães, de 14 anos, foi morta pela amiga

Gabriela Doria - 03/09/2020 14h59 | atualizado em 03/09/2020 15h09

Isabele Guimarães morreu após levar um tiro na cabeça Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Mato Grosso concluiu que o tiro que matou a adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, foi intencional. A menina estava na casa de uma amiga, no dia 12 de julho, quando foi atingida por um disparo na cabeça. A amiga de Isabele foi a autora do disparo.

A jovem irá responder por ato infracional análogo a homicídio doloso, quando há intenção de matar. A polícia levou em consideração que, por ser praticante de tiro, ela sabia dos riscos de se manusear a arma e que poderia matar a amiga.

– Ela era treinada, capacitada. Quando a gente faz treinamento em curso de tiro, antes de pegar em uma arma a gente aprende sobre segurança, a desmuniciar uma arma e a olhar se arma está municiada ou carregada. Então no mínimo, ao estar no banheiro com a amiga, ela assumiu o risco de gerar a morte da adolescente – disse o delegado Wagner Bassi em entrevista coletiva.

Já o pai da garota é suspeito de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Ele também irá responder por posse de arma de fogo, por entregá-la para a filha e por fraude processual.

– Ele agiu com imprudência e negligencia, ao permitir que a filha pegasse na arma de fogo. Ele é um atirador desportivo e não podia permitir que a filha pegasse na arma. Por isso foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) – declarou Bassi.

O namorado da acusada também irá responder na Justiça. O rapaz de 16 anos foi o responsável por levar duas armas para a casa da jovem, uma delas sendo a do crime. Ele disse que levou as armas para o sogro fazer manutenção. No caso do rapaz, ele é acusado de ato infracional por porte ilegal de arma de fogo, já que transitou com ela na rua sem permissão.

O pai do rapaz e sogro da atiradora irá responder por omissão de cautela na guarda da arma de fogo porque, mesmo sem ter conhecimento de que o filho levaria as armas para a rua, ele deveria ter guardado em local apropriado.

Segundo o delegado Wagner Bassi, a perícia mostrou que a acusada carregou a arma, apontou para o rosto da amiga e disparou a uma distância de 20cm a 30cm. O projétil entrou pela região do nariz e saiu por trás da cabeça da vítima. A polícia não relatou sobre uma possível motivação para o crime.

Leia também1 Preso médico suspeito de fazer prova por vestibulandos
2 Goiás: Mãe é presa suspeita de omissão após morte do filho
3 Coroinha é torturado e morto por criminosos no Ceará
4 MP pede aumento da pena de homem que matou estudante
5 Morte de sargento não comove turma dos Direitos Humanos

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.