Justiça do RJ expede alvará de soltura de Monique Medeiros
Mãe do menino Henry Borel deve ser solta nesta segunda-feira
Paulo Moura - 29/08/2022 13h57 | atualizado em 29/08/2022 14h03
A Justiça do Rio de Janeiro expediu, na manhã desta segunda-feira (29), o alvará de soltura de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto em março de 2021. Com isso, a professora deve deixar o Instituto Penal Santo Expedito, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, na tarde desta segunda.
Na última sexta-feira (26), o ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou a prisão preventiva de Monique e determinou que ela responda em liberdade ao processo pela morte do filho. Na decisão, o ministro considerou que não era possível manter a prisão “sem a descrição de circunstâncias concretas que justifiquem a medida”.
– Não se pode decretar a prisão preventiva baseada apenas na gravidade genérica do delito, no clamor público, na comoção social – declarou.
Antes de ter a liberdade concedida pelo ministro João Otávio de Noronha, a defesa de Monique teve um habeas corpus analisado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na ocasião, Gilmar considerou que a prisão de Monique se justificava “diante da gravidade concreta dos delitos praticados”.
Após a decisão que determinou a soltura da mãe de Henry, o pai do menino, Leniel Borel, disse que a determinação do ministro era “um absurdo”.
– Mataram meu filho mais uma vez em uma decisão unilateral do Judiciário brasileiro. É muito triste, como pai, ter que lutar todo dia e ainda assim ver que o sistema beneficia, em vez da vítima, o assassino. É um absurdo, e vou tentar recorrer, sim – disse ele ao G1.
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