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Dono de oficina e funcionário são indiciados por mortes em BMW

Polícia concluiu que falha mecânica foi registrada após adulteração no veículo em uma oficina de Goiás

Paulo Moura - 01/02/2024 09h18 | atualizado em 05/02/2024 20h29

BMW onde os jovens estavam Foto: Reprodução/NSC TV

O proprietário de uma oficina de Aparecida de Goiânia (GO), de 35 anos, e um funcionário, de 48 anos, foram indiciados pelas mortes dos quatro jovens que faleceram por asfixia após inalação de monóxido de carbono, dentro de um veículo BMW, na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, no dia 1° de janeiro.

De acordo com a Polícia Civil, uma falha mecânica registrada após adulteração no veículo em uma oficina de Goiás levou o gás tóxico para dentro do carro. A polícia indiciou o dono da oficina e o funcionário por quatro homicídios culposos – quando não há intenção de matar – por imperícia. O inquérito foi enviado ao Ministério Público e ao Judiciário para análise.

A polícia também informou que o laudo pericial havia indicado que o monóxido de carbono vazou através da ruptura de uma peça, denominada downpipe. O gás entrou na cabine do veículo por meio do ar-condicionado.

– A investigação apontou que a peça que rompeu foi instalada em julho de 2023, e que o serviço foi realizado por um indivíduo sem qualquer formação técnica, e sob a supervisão e controle do proprietário do estabelecimento – disse a corporação.

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SOBRE O CASO
Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19, Tiago de Lima Ribeiro, de 21, e Nicolas Kovaleski, de 16, foram encontrados desmaiados dentro de um carro que estava estacionado na Rodoviária de Balneário Camboriú. As mortes dos quatro jovens foram confirmadas ainda no local.

De acordo com o delegado Bruno Effori, que iniciou as investigações, Tiago, Karla, Nicolas e Gustavo ficaram cerca de quatro horas dentro do carro ligado e com o ar-condicionado funcionando na Rodoviária de Balneário Camboriú. A namorada de uma das vítimas, que chegou de viagem durante a madrugada, por volta das 3h, disse que o grupo teria apresentado mal-estar.

Os quatro jovens então teriam relatado a ela que tinham comido cachorro-quente na praia e relacionaram a náusea, a tontura, e a tremedeira ao alimento. Por isso, eles ficaram aguardando uma melhora para poder seguir viagem para Florianópolis. No entanto, quando o Samu foi acionado, já no início da manhã, eles estavam em parada cardiorrespiratória e acabaram morrendo.

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