Henrique Gimenes - 04/06/2018 18h55

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pediu ao ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que ele seja transportado no banco das viaturas da Polícia Federal (PF) e não mais na parte de trás do veículo. A razão seria por ele sofrer de artrose em seu joelho direito, o que lhe causaria dores.

Os advogados afirmam que a solicitação “se deve, não apenas à dignidade dos cargos que o requerente ocupou durante quase 30 anos de intensa vida pública, ou a alguma pretensão de tratamento privilegiado, como poderia soar a um açodado, mas, especialmente, à sua condição clínica de paciente de artrose aguda no joelho direito, o que tem lhe causado intenso sofrimento toda vez que precisa ser deslocado na caçamba das viaturas policiais durante os cerca de 55 quilômetros de extensão da Avenida Brasil, com as pernas flectidas em ângulo ortopedicamente anômalo”.

A defesa do ex-governador ainda afirma que ele não representa riscos à segurança pública, “não havendo motivo para que as normas de segurança penitenciária sejam aplicadas com o mesmo rigor dos presos de comprovada periculosidade”, além de lembrar que “não faz sentido o requerente ser tratado como preso especial enquanto está no cárcere, mas não ter a mesma prerrogativa nos transportes que de lá o levam e lá o deixa”.

Sérgio Cabral será ouvido, nesta terça-feira (5), em um processo que investiga a compra de votos para a escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá depor por meio de videoconferência como testemunha de defesa.

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