Thamirys Andrade - 25/12/2021 15h54 | atualizado em 25/12/2021 16h52

O pequeno amazonense Jadson Ruiz, de 3 anos, era o último em uma fila de 60 crianças na espera por um transplante de fígado. Já a vendedora paulista Paula Barbosa era uma internauta que navegava pelas redes sociais quando se deparou com a história de Jadson. Comovida, ela “sentiu na alma” o que deveria fazer: doar parte do próprio fígado para salvá-lo, mesmo sem conhecê-lo.

Jadson foi diagnosticado já aos 4 meses de idade com uma rara doença no fígado denominada atresia de vias. Sua mãe, Francicléia Gonzales Fonseca, fazia campanhas na internet a fim de encontrar um doador para o pequeno, mas a tarefa não era fácil. De acordo com ela, apesar de terem aparecido pessoas dispostas a realizar a boa ação, elas desistiam depois.

Mas esse não foi o caso de Angela, que entrou em contato com a família em agosto, e foi até o fim em sua resolução.

– Foi o coração. Quando eu vi a fotinha dele, falei: é isso que eu tenho que fazer. Eu senti na alma – declarou, em entrevista à EPTV.

O transplante foi realizado em novembro, no Hospital Sírio-Libanês, e hoje a doadora enfrenta dores pós-operatórias, internações, restrições alimentares e uma cicatriz que vai do tórax ao umbigo. Mas todo o sacrifício para Angela, vale a pena.

– É a cicatriz da vida, quando eu for olhar, eu sei que tem uma criança viva, estética é bobagem, a vida vale mais do que uma cicatriz – garantiu.

E a gratidão da família de Jadson também será eterna.

– Foi uma mãe para o meu filho. Ela é a segunda mãe do Jadson, não tenho palavras para agradecer – declarou a mãe da criança.

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