Comunista, relator do PL da Censura dispara contra big techs
Orlando Silva disse que tais empresas fazem "ação suja" contra aprovação da proposta
Marcos Melo - 01/05/2023 14h10 | atualizado em 02/05/2023 15h41
O relator do projeto de lei das Fake News na Câmara, deputado Orlando Silva, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB-SP) – sigla de extrema-esquerda – fez uma grave denúncia contra as big techs. Ele acusou essas empresas de empreenderem uma “ação suja” para sabotar as discussões sobre o texto.
Personalidades políticas e diversas plataformas digitais vêm alertando sobre o risco de censura e se posicionando duramente contra a aprovação da proposta.
Mas o relator da proposição, Orlando Silva, ex-ministro do Esporte nas pretéritas gestões petistas, quer tornar a seara digital um ambiente controlado pelo governo.
– Nunca vi tanta sujeira em uma disputa política. O Google, por exemplo, usa sua força majoritária no mercado para ampliar o alcance das posições de quem é contra o projeto e diminuir de quem é favorável ao projeto – disse.
Diante da articulação governista e a celeridade em aprovar requerimento para que a proposta tramite em regime de urgência – ou seja, vá direto ao plenário, não precisando ser discutida nas comissões – diversos setores da sociedade se assustaram, temendo pela aprovação expressa e irrefletida de algo tão delicado e caro como a liberdade de expressão.
A margem apertada da votação, no entanto, acendeu alerta no governo e no presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que temem não conseguir aprová-lo, até mesmo por consequência da grande movimentação contrária ao projeto, à medida que mais pessoas vão tendo ciência da natureza da matéria.
Leia também1 YouTube alerta para ameaça à liberdade de expressão no Brasil
2 Moro sobre PL das Fake News: Risco enorme à democracia
3 "É a morte da democracia", diz Janaína Paschoal sobre PL
4 Google: PL das Fake News pode cercear liberdade de expressão
5 Zambelli diz que PL da Censura é plano de vingança de Lula