Governo estuda acabar com abono salarial
Medida seria adotada caso as negociações da Reforma da Previdência não avancem
Henrique Gimenes - 01/07/2017 10h58 | atualizado em 01/07/2017 11h08
O Governo do presidente Michel Temer estuda acabar com pagamento do abono salarial caso a votação da Reforma de Previdência não passe no Congresso. Com a ideia, a equipe econômica pretende cortar despesas, garantir que o teto de gastos seja cumprido e chegar a um superávit primário nas contas públicas. Segundo matéria publicada pelo Estadão neste sábado (1º), a equipe considera que o benefício não tem mais justificativa para existir, já que, atualmente, há uma rede de proteção social e uma política de valorização do salário mínimo com ganhos reais.
A extinção do abono salarial chegou a ser discutida durante a elaboração da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, feita em 2016. Ainda segundo o Estadão, o Ministério da Fazenda monitora as discussões da reforma, mas tem outras medidas preparadas para garantir o balanço das contas no caso das negociações não avançarem no Congresso. Somente em 2017, o abono custará R$ 17 bilhões aos cofres públicos. O benefício é pago aos trabalhares que estão inscritos no PIS/PASEP há pelo menos cinco anos e que possuem renda mensal de até dois salários mínimos.