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Após críticas, turma de escola desiste de falar sobre gênero

Áudio de mãe contrária à atividade se espalhou por Whatsapp e redes sociais e gerou polêmica

Henrique Gimenes - 27/11/2017 18h45 | atualizado em 28/11/2017 11h33

Após críticas, turma de escola desiste de apresentar trabalho sobre ideologia de gênero Foto: Reprodução

Alunos do Colégio Pinheiro Guimarães, no Rio de Janeiro, resolveram cancelar a apresentação de um trabalho. O grupo escolheu abordar o tema ideologia de gênero e foi alvo de críticas na internet. A tarefa fazia parte da feira cultural do colégio realizada anualmente. As informações foram dadas pelo El País nesta segunda-feira (27).

O trabalho da turma do nono ano de uma das unidades da escola pretendia abordar e explicar aos presentes o que é ideologia de gênero e, como parte da proposta, iria incluir as meninas vestidas com uma camisa azul e os meninos com uma camisa rosa.

A polêmica começou com a mãe de um aluno. Ela era contra a atividade e gravou um áudio que acabou se espalhando através das redes sociais e do WhatsApp. Na gravação, ela faz críticas à proposta, que seria exposta com outros 44 estandes sobre diversos assuntos.

– Que absurdo o colégio do meu filho impondo ele apresentar a feira cultural de camisa rosa e de batom na boca, os meninos, e as meninas de azul. Para ganhar dois pontos em cada matéria. Eu não aceito, eu não aceito, eu não aceito! Homem é homem. Mulher é mulher. Macho é macho. Fêmea é fêmea – diz parte do áudio.

Após a repercussão na internet, professores e a diretora do colégio chegaram a ser ameaçados. Algumas pessoas também afirmaram que iriam comparecer à feira cultural, que aconteceu neste sábado (25), de acordo com a reportagem. A turma acabou optando por escolher outro tema para seu trabalho, o cientista Isaac Newton.

ALUNXS

Não é a primeira vez que uma instituição de ensino no Rio de Janeiro enfrenta polêmica. O tradicional colégio federal Pedro II também teve problemas quando tentou abordar o tema ideologia de gênero. Em 2015, a instituição resolver utilizar a letra X no lugar de O ou A para se referir aos gêneros, substituindo palavras como Aluno(a) por Alunx, por exemplo.

A medida tem por interesse promover uma comunicação mais inclusiva, mas gerou críticas tanto por não constar nas normas da língua portuguesa como por ser relacionada à ideologia de gênero. Após a controvérsia, a ideia acabou não sendo adotada como norma pelo colégio Pedro II, que voltou a utilizar o termo Aluno(a).

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