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MBL chama esquerdistas para congresso do movimento

Convidados já foram citados por participação em esquemas de corrupção

Paulo Moura - 05/10/2019 11h59

Políticos de esquerda foram convidados pelo MBL para congresso Foto: Reprodução

O Movimento Brasil Livre (MBL) fará algo que poderia parecer impensável há cinco anos, quando surgiu com discursos fortes contra a política tradicional, chamar políticos de esquerda para a próxima edição do congresso anual do grupo, que acontece em novembro, alguns deles, inclusive, citados por participação em esquemas de corrupção.

Entre os convidados estão o ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual deputado federal, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Para quem não lembra, o parlamentar foi citado em um esquema envolvendo a licitação do Projeto Madeira, onde ele teria recebido valores para ajudar a Odebrecht e a Andrade e Gutierrez a vencerem a licitação da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia.

Outro nome convidado pelo movimento é o do comunista Orlando Silva (PCdoB -SP), ex-presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), entidade que sempre foi considerada rival pelo MBL.

Silva também já foi citado em esquemas de corrupção. Em uma delas, ele foi acusado de fazer parte de um esquema supostamente organizado pelo partido comunista para desviar dinheiro público usando ONGs como fachada.

Segundo o colunista Fabio Zanini, da Folha de São Paulo, a decisão do grupo é de seguir apoiando algumas pautas do governo, sobretudo as econômicas, mas eles querem ter liberdade para comentar acusações de corrupção e pautas que enxergarem como sendo excessivamente conservadoras.

Apesar disso, a decisão de chamar justamente políticos já citados por crimes de corrupção é vista com desconfiança por movimentos de direita.

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