Kim Kataguiri aciona MPF contra Stedile por mentir na CPI do MST
O líder do MST disse desconhecer caso de idosa expulsa no DF, mas falou do caso em um podcast
Leiliane Lopes - 16/08/2023 18h55 | atualizado em 16/08/2023 21h00
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) enviou uma notícia-crime ao Ministério Público Federal (MPF), nesta quarta-feira (16), contra o líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Pedro Stedile.
De acordo com o parlamentar, o depoente deu falso testemunho na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o movimento.
O caso é referente à declaração de Stedile sobre não ter conhecimento a respeito do caso de uma senhora que foi expulsa do MST do Distrito Federal. A idosa diz que vivia em condição análoga à escravidão.
– Acionei o MPF contra João Pedro Stedile por crime de falso testemunho, cometido na reunião da CPI do MST de ontem (15/08/2023). À CPI, o líder do MST afirmou desconhecer o caso de uma senhora que foi expulsa do movimento no DF, e afirma ter vivido em condição análoga à escravidão. No entanto, Stedile já havia comentado o caso anteriormente, em entrevista ao Flow Podcast. Em junho, ao Flow, Stedile afirmou que a senhora em questão causava problemas, era oportunista e, por isso, foi expulsa do movimento. O crime de falso testemunho prevê pena de dois a quatro anos de reclusão – afirmou Kataguiri.
O líder do MST diz que comentou o caso no podcast, porque tomou conhecimento sobre ele ao acompanhar a CPI.
– Eu disse e repito: não conhecia os fatos como foram descritos aqui. O caso do DF eu comentei no podcast, porque assisti vocês falando [na CPI]. Tive a ciência depois que vocês falaram, mas não antes como estão dizendo – declarou Stedile durante seu depoimento nesta terça (15).
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