Parentes impedem erro que enterraria bebê vivo
Médico alega milagre e polícia investiga o caso
Ana Luiza Menezes - 19/02/2019 17h31
Na Bolívia, um bebê prematuro, de 24 semanas, foi declarado morto pelos médicos no parto. Entretanto, instantes antes de ir para o caixão, parentes descobriram que a criança estava respirando.
Agora, a polícia local investiga se houve negligência médica. O caso aconteceu no Hospital da Mulher, em Santa Cruz de la Sierra.
Na quinta-feira (14), uma jovem chamada Aidé Jurado deu entrada na unidade de saúde porque estava com contrações. Uma cesárea de emergência foi realizada e, segundo os médicos, o bebê nasceu sem vida. Os profissionais afirmaram ainda que tentaram ressuscitar o recém-nascido várias vezes, porém não tiveram êxito. Diante do quadro, eles afirmaram que o menino estava morto.
Chamado de Dhilan Daren, o corpo do pequeno foi entregue à família para ser velado em casa. Depois que todos os trâmites para o enterro já tinham sido resolvidos, uma tia reparou que o garoto estava respirando.
O pai, Richard Jurado, decidiu levar o filho de volta ao mesmo hospital onde aconteceu o nascimento. Dhilan acabou sendo internado em uma UTI Neonatal, dentro de uma incubadora. A mãe ainda estava no local para se recuperar de uma cirurgia. No momento, o quadro de saúde do bebê é estável.
O certificado de óbito foi apresentado às autoridades e também à imprensa. O documento tinha sido assinado pelos médicos, que passarão a ser investigados a fim de que seja descoberto se houve lesão gravíssima ao recém-nascido.
POSIÇÃO DO HOSPITAL
O diretor médico do Hospital da Mulher, Fernando Saavedra, publicou uma nota sobre o caso. Segundo ele, a equipe não falhou nos procedimentos. Quanto ao fato de a criança ter sobrevivido, ele afirmou ainda que se trata de um milagre.
Saavedra também apontou a possibilidade da chamada Síndrome de Lázaro, na qual, de forma muito rara, a circulação volta de forma espontânea, após tentativas fracassadas de reanimação.
Leia também1 Avalanche nos alpes suíços deixa vários desaparecidos
2 Suásticas são pichadas em túmulos de cemitério judaico
3 Católicos pedem perdão por omissão de abusos: 'Vergonha'