Leia também:
X Joesley Batista volta a prestar depoimento à PF

Ministro diz que delações vão passar por controle maior

Torquato Jardim questionou a relação de benefícios da operação Lava-Jato

1078168-mc_20170526_edt_05114

Ministro da justiça, Torquato Jardim

Livia Ribeiro - 21/06/2017 19h12 | atualizado em 26/06/2017 12h55

A operação Lava-Jato tem utilizado um esquema de custo-benefício para quem faz delação premiada. O ministro da justiça, Torquato Jardim questionou essa relação de benefícios. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ministro também atacou a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de permitir a investigação contra o presidente Michel Temer antes do resultado da perícia no áudio da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista.

Jardim chamou de “turning point” (em inglês, ponto de inflexão) a decisão de intimar o presidente a oferecer respostas a partir de um documento não autenticado tecnicamente.

– Que o Ministério Público tenha trazido, tudo bem. Mas o magistrado poderia ter refletido. E se vem agora um laudo, por hipótese, desqualificando juridicamente [o áudio]? Indicadas as falhas, podem levar a outra configuração jurídica, mas o dano político está feito – afirmou.

Sobre as delações premiadas, o Ministro da Justiça diz que esses vazamentos não constroem paz social, e sim ódio e preconceito. Os agentes públicos estão perdendo de vista a união social. O ministro deixou claro que todos os acordos vão passar por uma lupa de controle ainda maior. Jardim está estudando se haverá mudança no comando da Polícia Federal.

 

Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.