Brasil se silencia sobre prisões politicas na Venezuela
Sete pessoas do partido de María Corina foram presas
Leiliane Lopes - 22/03/2024 19h24 | atualizado em 25/03/2024 15h54
O governo do Brasil segue em silêncio sobre a onda de prisões de membros do partido Vente Venezuela, liderado por María Corina Machado, opositora do ditador Nicolás Maduro. Enquanto os governos da Argentina e Uruguai criticam, em pronunciamento oficial, a situação, nenhum integrante do governo Lula comentou sobre.
Para justificar as prisões, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, disse que os dirigentes da sigla estariam envolvidos em “conspirações e planos para promover a violência no país”.
Sete pessoas foram presas e a Justiça já autorizou a prisão de outras sete, mas sendo elas integrantes de outros partidos políticos.
Em comunicado, o governo de Javier Milei, da Argentina, condenou as prisões e repudiou a situação política do país liderada por Maduro.
– A República Argentina exige ao governo da Venezuela a rápida libertação dos dirigentes presos e que cesse as prisões arbitrárias de representantes da oposição.
O governo do Uruguai, presidido por Luis Lacalle Pou, escreveu uma nota condenando o que chamou de “ações arbitrárias” e disse acompanhar com preocupação o que tem acontecido na Venezuela.
– O Uruguai condena essas ações arbitrárias e acompanha com preocupação e solidariedade estes acontecimentos nos quais, com as estruturas do Estado, avassalam os direitos humanos de opositores ao regime – diz a nota.
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