Anitta e Netflix são acusadas de fraudarem assinatura de idosa
Família de uma senhora de 74 anos abriu processo contra a funkeira por episódio de documentário
Monique Mello - 02/05/2022 17h22 | atualizado em 02/05/2022 17h40
A cantora Anitta, a Netflix e a produtora Conspiração Filmes são acusadas de fraudarem a assinatura de uma idosa na autorização de imagem para o documentário Made in Honório.
O documentário foi produzido em 2019 e estreou em 2020 na Netflix. Em 2021, Maria Ilza de Azevedo Silva, de 74 anos, abriu um processo contra a funkeira, o streaming e a produtora por ter aparecido no quinto episódio sem a sua autorização.
A assinatura que consta na autorização de imagem seria adulterada, conforme alega a defesa da idosa. O documento chegou a passar por um perícia, sendo atestado pela profissional que houve fraude na assinatura de Maria Ilza. Os documentos foram obtidos pelo Notícias da TV.
– Esta perita conclui que a assinatura aposta não partiu do punho escritor de Maria Ilza de Azevedo, com relação aos padrões de confronto, tratam-se de documentos públicos e reconhecidamente autênticos, inclusive contemporâneos, sendo humanamente impossível, sob a ótica grafotécnica, tantas divergências entre as assinaturas questionadas e os padrões de confronto, a que vem ratificar ainda mais a conclusão técnico científica desta perita – diz o resultado da perícia.
No episódio em questão, a idosa aparece sendo retratada como uma “fã invasora”, o que lhe gerou constrangimento. Anitta fazia uma reunião com a equipe de figurino, na sua casa. Maria Ilza simplesmente aparece sentada na sala com uma blusa feita à mão, a qual ela deu de presente para Anitta.
A cantora recebe o presente, agradece e abraça a fã. Logo depois, Anitta se vira para as câmeras e reclama da falha na segurança, por ter permitido que a mulher entrasse. Depois, foi explicado que, por ela estar portando uma peça de roupa, ela fora confundida com uma costureira.
– É isso. Isso é o que acontece na minha casa. De repente, eu olho e tem uma fã sentada no sofá. Quem chamou? – reclamou a cantora carioca.
Em 13 de abril deste ano, um ano após o início do processo, o juiz Josué de Matos Ferreira, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, analisou as provas, mas pediu uma nova perícia. Desta vez, a perícia deverá ser feita por um profissional indicado em juízo, que terá até 30 dias úteis para apresentar um laudo ao caso.
A assessoria da cantora não se pronunciou sobre o caso.