Queiroz diz que usar nome de Freixo o salvou de traficantes

Ex-assessor de Flavio Bolsonaro contou que foi agredido por bandidos ao pegar atalho na Cidade de Deus

Pleno.News
Fabrício Queiroz Foto: Reprodução/SBT

Um caso, no mínimo, estranho, envolvendo o ex-assessor do deputado Flavio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, e o nome do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) veio à tona neste final de semana. Segundo um boletim de ocorrência revelado pelo UOL, Queiroz teria usado o nome do psolista, em 2015, para se livrar das mãos de traficantes.

O documento policial mostra que na manhã de uma quarta-feira, 28 de outubro de 2015, Queiroz dirigia um Sentra preto, cedido pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) para os parlamentares. Em certo momento, enquanto ia em direção à Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, ele resolveu “pegar um atalho” pela Cidade de Deus, também na Zona Oeste.

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Pouco depois de entrar na comunidade, Queiroz disse que deparou-se com cerca de três homens, todos portando pistola e foi obrigado a parar. Quando saiu do carro, os criminosos verificaram que ele estava armado com uma pistola Taurus .40 e dois carregadores. A arma era da Polícia Civil do Rio, segundo o boletim.

Queiroz então contou que, ao ser flagrado armado, um dos três homens deu uma coronhada em sua cabeça, o que resultou até em um corte. Em seguida, os três homens começaram a carregá-lo para dentro da comunidade e outros dois homens entraram no carro e pegaram seus celulares e demais pertences.

Já na 32ª Delegacia de Polícia, Queiroz depôs aos policiais que “somente conseguiu convencer os três nacionais a liberá-lo, depois de se identificar como funcionário do deputado Marcelo Freixo. Em razão do argumento utilizado, logrou êxito em ser liberado”.

Procurado para comentar o caso, o deputado federal Marcelo Freixo disse que conhecia Queiroz dos corredores da Alerj. Freixo disse ainda que, na época do sequestro, o então assessor de Flávio Bolsonaro costumava contar a história como uma “piada” para seus seguranças.

– Que bom que ele sobreviveu, que saiu com vida. Em circunstâncias normais, um policial não sairia vivo. A gente quer isso para todo mundo. Mas essa história ele contou brincando para os meus seguranças. Nunca soube que ele falou isso na delegacia – alegou.

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