Leia também:
X Gisele Bündchen critica fim de reserva amazônica

Em entrevista, Temer defende semipresidencialismo

Presidente afirmou que decisão pode se dar na forma de referendo

Henrique Gimenes - 24/08/2017 21h30 | atualizado em 24/08/2017 21h58

Presidente Michel Temer concedeu entrevista ao SBT Foto: Alan Santos/PR

O presidente Michel Temer defendeu novamente, nesta quinta-feira (24), a adoção do semipresidencialismo para o Brasil. A declaração foi dada em uma entrevista para o SBT. Temer ainda falou sobre encontros fora da agenda, a alegação do PSDB de que faz “presidencialismo de cooptação” e a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro.

Sobre o semipresidencialismo, Temer explicou seu funcionamento ao afirmar que presidente ainda manteria funções relevantes. Ele disse acreditar que o Congresso tem capacidade para definir a adoção do modelo, mas que também poderia ser decidido por um referendo.

– Se o Congresso conseguir realizar isso para 2022, acho que já é um passo muito sério para o Brasil. Eu acho que o Congresso tem competência para definir por si próprio qual sistema prefere para o Brasil, mas é muito provável que, nas discussões, se opte pela ideia de referendo – afirmou.

Michel Temer disse também que “conversa com quem quiser, na hora que achar oportuna e onde quiser”. Para ele, não há problemas em ter encontros em horários noturnos.

– O presidente trabalha permanentemente. O fato de conversar com você não significa que você vai me proteger – ressaltou.

Em propaganda política, o PSDB, partido aliado do governo, fez críticas ao que chamou de “presidencialismo de cooptação”, em que o presidente deve fazer acordos individuais com partidos ou políticos que têm interesses pessoais. Temer afirmou que não há outra maneira de conseguir governador sem apoio de partidos políticos.

– Não exerço presidencialismo de cooptação. Acho um pouco estranho que, primeiro, as pessoas se esqueçam do passado. Em segundo lugar, não há outra forma de governar sem coligação, composição com os partidos políticos – defendeu-se.

O presidente comentou também desconhecer Lúcio Funaro e que não teme o conteúdo de sua delação.

– Não tenho temor nenhum. Aliás, nem o conheço. Se o conheço, conheço daquele jeito, sabe, pessoas que vem cumprimentar você – disse.

O presidente Temer ainda criticou a decisão do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, de fatiar as denúncias enviadas ao Congresso. Ele também afirmou que não pretende se candidatar a nenhum outro cargo.

Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.