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Maria Bernadete Pacífico, líder quilombola, é executada na Bahia

Ela buscava resolução sobre o assassinato do seu filho, há seis anos

Pleno.News - 18/08/2023 13h05 | atualizado em 18/08/2023 13h34

Maria Bernadete Pacífico Foto: Reprodução/YouTube Instituto Socioambiental

A líder da Comunidade Quilombola Pitanga dos Palmares, Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, foi assassinada a tiros na noite desta quinta-feira (17), em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador, na Bahia. Segundo o Ministério da Igualdade Racial, a ex-secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial teve seu terreiro invadido.

Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirma que o ministro Silvio Almeida determinou o envio das equipes do Ministério para Simões Filho, no estado baiano, “para que todas as providências necessárias sejam tomadas” na busca pelos responsáveis.

– Junta-se à injustiça mais uma vítima da violência enfrentada por aqueles que ousam levantar suas vozes na defesa dos nossos direitos ancestrais. Mãe Bernadete, agora silenciada, era uma luz brilhante na luta contra a discriminação, o racismo e a marginalização – disse a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), em nota.

Segundo a organização, Bernadete lutava por esclarecimentos e solução em caso do assassinato do seu filho, Flávio Gabriel Pacífico, o Binho do Quilombo, morto em 2017.

– O assassinato de Binho, como o de tantas outras lideranças quilombolas, continua sem resposta e sem justiça. Junta-se à injustiça mais uma vítima da violência enfrentada por aqueles que ousam levantar suas vozes na defesa dos nossos direitos ancestrais – escreveu a Conaq.

O Ministério da Igualdade Racial, ministrado por Anielle Franco, afirmou estar articulando junto ao Governo do Estado da Bahia, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Secretaria de Segurança Pública e com a Defensoria Pública do Estado a melhor apuração do caso. Uma comitiva será destinada à proteção do território.

– O ataque contra terreiros e o assassinato de lideranças religiosas de matriz africana não são pontuais. Mãe Bernardete tinha muitas lutas, e a luta pela liberdade e direitos para todo o povo negro e de terreiro transversalizava todas – diz nota do ministério.

– Não permitiremos que defensores de direitos humanos sejam vítimas de violência em nosso estado – disse o petista Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia.

Maria Bernadete denunciou as ameaças que ela e outros membros da sua comunidade, Pitanga dos Palmares, sofriam durante encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, em julho deste ano. A reunião aconteceu na comunidade Quingoma, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

*AE

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