Monique Mello - 05/11/2023 19h19 | atualizado em 08/11/2023 21h28

O jornalista Jorge Pontual, da GloboNews, pediu desculpas por se posicionar a favor do direito de Israel se defender do grupo terrorista Hamas. Por meio dos stories do Instagram, o comentarista se dirigiu diretamente ao ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, que o criticou por suas falas.

Na edição do jornalístico Em Pauta desta sexta-feira (3), estava sendo repercutido o ataque a uma ambulância em Gaza, que deixou 15 pessoas mortas. Israel assumiu a autoria, dizendo que tinha como alvo o veículo porque ele estava sendo usado por terroristas do Hamas.

– Israel havia avisado que, se tivesse gente do Hamas na ambulância, a atacaria. Não deu outra – disse Jorge Pontual que também chegou a criticar como a imprensa se apressa em apontar Israel como algoz.

– Houve aquela gritaria internacional: Israel ataca hospital; Israel ataca ambulâncias; Israel cometeu mais um crime de guerra (…) Mas atacar terroristas do Hamas é um direito que Israel tem. Se eles estavam na ambulância, infelizmente era isso que Israel tinha de fazer: alvejar seus inimigos – apontou.

O ministro Paulo Pimenta se revoltou com as falas do jornalista:

– É inaceitável. É vergonhoso. É assustador. Comentarista da GloboNews, Jorge Pontual vem se notabilizando por uma postura manipuladora e covarde sobre a guerra no Oriente Médio. Uma coisa é condenar os atos terroristas, a morte e os sequestros de civis israelenses, outra é justificar as barbáries, o genocídio e a morte indiscriminada de milhares de crianças e inocentes palestinos – escreveu Pimenta em publicação no X, antigo Twitter.

É inaceitável. É vergonhoso. É assustador. Comentarista da Globo News, Jorge Pontual, vem se notabilizando por uma postura manipuladora e covarde sobre a guerra no Oriente Médio. Uma coisa é condenar os atos terroristas, a morte e os sequestros de civis israelenses, outra é… pic.twitter.com/D4KAGxpX30

— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) November 4, 2023

Pontual, por sua vez, tratou de se desculpar, dizendo que “não foi feliz” em suas declarações.

– Minha intenção foi a de dar a versão de Israel. Admito que não fui feliz, pois a muitos pareceu um endosso. Isso seria impossível, ninguém tem informações seguras sobre o que lá se passa – afirmou.

– De certo, apenas um fato: os palestinos de Gaza vivem uma tragédia, com muitas perdas civis, que lamento profundamente. Peço desculpas por não ter deixado isso claro – concluiu.

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