Presidente argentino comenta escândalo da vacina VIP

Alberto Fernández prometeu corrigir erros

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Presidente da Argentina, Alberto Fernández Foto: EFE/Juan Mabromata

Nesta segunda-feira (1º), durante seu discurso de abertura das sessões extraordinárias do Congresso, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, referiu-se à “obrigação de corrigir erros” na campanha de vacinação contra Covid-19. A declaração é resultado do escândalo do fornecimento irregular de vacinas a pessoas ligadas ao poder.

– Nenhum governo da Terra pode conceder a si mesmo o privilégio de não cometer erros, mas todo governo sensato tem a obrigação de corrigir esses erros para banir qualquer sinal de privilégio e falta de solidariedade – disse.

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Fernández também falou sobre medidas que tomou com “muita dor”, como a demissão do ministro da Saúde, Ginés García González, e a tomada de decisão pela posse de Carla Vizzotti em seu lugar.

– Quando se disse que essas regras foram violadas, fiquei encarregado de recolher as informações pertinentes, embora pessoalmente me causasse muita dor, tomei as decisões correspondentes – acrescentou.

Na semana passada, foi revelado o escândalo conhecido no país como “vacinação VIP”, por meio do qual várias personalidades ligadas ao governo receberam a vacina, ignorando a ordem estabelecida, provocando a saída de Ginés González García do Ministério da Saúde, sendo substituído por Carla Vizzotti, até então Secretária de Acesso à Saúde.

O próprio governo divulgou uma lista de 70 pessoas que fizeram parte dessa vacinação irregular, entre eles o ex-presidente Eduardo Duhalde e sua família e lideranças peronistas como Carlos Zannini e Daniel Scioli.

A Argentina, o terceiro país da América Latina com o maior número de casos do novo coronavírus depois do Brasil e da Colômbia, já registra mais de 2,1 milhões de infectados e 51 mil mortes por Covid-19.

*Com informações da Agência EFE

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