Segundo o presidente, medida seria para votar a Reforma da Previdência
O presidente Michel Temer afirmou, nesta quinta-feira (1º), que o governo ainda mantém a Reforma da Previdência na “pauta” e que pode suspender, em setembro ou outubro, a intervenção federal no Rio de Janeiro para votação da proposta. A declaração foi dada em uma entrevista à Rádio Tupi.
Com a intervenção , as Forças de Segurança do Rio de Janeiro, como a Polícia Militar e a Civil, ficam sob responsabilidade do governo federal. No entanto, a Câmara e o Senado não podem votar matérias que alterem a Constituição. A Reforma da Previdência, no caso, foi enviada como uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Temer disse que a reforma “saiu da pauta legislativa, mas não da pauta política do país”.
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– Pode ocorrer de quando chegar em setembro, outubro, eu possa fazer cessar a intervenção se ela tomar um caminho. Não quero manter a intervenção eternamente no Rio de Janeiro, nem é saudável. Se ocorrer isso, você terá logo depois da eleição três meses, você terá outubro, novembro, dezembro para ainda tentar votar a Previdência – ressaltou.
O presidente também afirmou que sua escolha se deu por considerar que a segurança do Rio era mais importante no momento.
– A insegurança, particularmente no Rio de Janeiro, chegou a tal ponto que, pesando os dois valores, eu concluí o seguinte: vamos resolver a questão da segurança no presente momento, porque a Previdência pode ser votada depois, se vai ser votada no meu governo ou não, eu não sei – apontou.
À rádio, Michel Temer também garantiu que as ações tomadas por seu governo não escondem interesses eleitorais, já que ele mesmo não será candidato.
– Não tenho essa intenção, se eu passar para história como alguém que deu uma ajeitada no pais, que deu jeito no país, eu já me sinto muito feliz – destacou.