Interventor diz que Torres sabia sobre risco de invasão no DF

Ricardo Cappelli divulgou um relatório sobre os atos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro

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O interventor na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O interventor federal na segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, disse que o ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, sabia sobre a ameaça de invasão aos prédios públicos que ocorreu no dia 8 de janeiro em Brasília. O relatório com essas informações foi entregue a Torres no dia 6, mesmo dia em que ele viajou para os Estados Unidos.

Cappelli conversou com jornalistas, nesta sexta-feira (27), para apresentar os principais pontos de um relatório sobre os atos do início do mês. De acordo com o interventor, um documento do dia 6 de janeiro, dois dias antes do ocorrido, informava que havia uma manifestação “pela tomada do poder” que previa a invasão aos prédios públicos.

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– Ali está descrito tudo que poderia acontecer. Está documentado, não faltou informação – afirmou.

O interventor relatou também que a detecção das ameaças deveria ter se desdobrado em um plano operacional e uma ordem de serviço, o que não ocorreu. Cappelli ainda declarou que “batalhões importantes não foram sequer acionados” e disse que nove comandantes desses batalhões estavam de férias ou de licença no dia 8 de janeiro.

Cappelli destacou que não houve conivência na atuação do ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira, preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o interventor, o ex-chefe da PM teria atuado desde o início da manhã no campo de operações e tentou mobilizar as tropas, mas seus apelos e ordens não foram atendidos.

*AE

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