Calheiros e Barbalho pleiteiam ministérios para familiares

Políticos do MDB comandam os grupos com mais força interna dentro da legenda para indicações

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Emedebistas Renan Calheiros e Helder Barbalho Fotos: EFE/Fernando Bizerra Jr. // Agência Brasil/Antônio Cruz

O partido MDB se movimenta na construção do novo governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O senador Renan Calheiros e o governador do Pará, Helder Barbalho, inclusive, tentam emplacar familiares em indicações para ministérios. A legenda tenta fazer três indicações para ministérios, uma feita por senadores, outra por deputados e uma terceira bancada pela presidência nacional do partido, que se mobiliza pela escolha de Simone Tebet.

Dentro das indicações que cabem ao Congresso, Renan Calheiros e Helder Barbalho comandam os grupos com mais força interna dentro da legenda. Renan quer Minas e Energia para Renan Filho. Dentro da Câmara, Helder Barbalho se movimenta para indicar o deputado José Priante, seu primo, para o Ministério do Desenvolvimento Regional.

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Apesar disso, uma ala do MDB da Câmara teme que o indicado seja Jader Filho, que não tem mandato e não é próximo dos parlamentares da legenda. Ele é irmão de Helder e filho de Jader Barbalho – e seria encarado como uma escolha pessoal da família.

Lula já sinalizou que haverá espaço para apenas duas escolhas, mas o partido tenta negociar. Os próprios integrantes do MDB dizem que o cenário ainda está indefinido e vai depender de como o presidente eleito irá equacionar as demandas de outros partidos.

Simone Tebet já sinalizou que deseja comandar a pasta de Desenvolvimento Social, que é responsável por programas sociais, o principal deles o Bolsa Família. A senadora confessou a aliados que não tem qualquer interesse em assumir outro ministério.

Considerado uma importante vitrine eleitoral, o PT resiste a Tebet no cargo e tem pressionado Lula fortemente para que um petista seja o ministro. O nome avaliado pela legenda é o de Tereza Campello, que já comandou a pasta. Campello, no entanto, deve ir para o BNDES na gestão de Aloizio Mercadante.

*AE

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