Lula pode dividir MEC em duas pastas para “acomodar” aliados
A divisão seria entre educação básica e ensino superior; PT cobiça a pasta
Monique Mello - 15/12/2022 13h54 | atualizado em 15/12/2022 15h25
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria estudando a possibilidade de dividir o Ministério da Educação (MEC) em duas pastas. Dessa maneira, diminuiria a “dor de cabeça” em acomodar os aliados e exercer o “toma lá, dá cá” da política. As informações são de Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo.
De acordo com a colunista, interlocutores disseram que Lula já revelou a sua intenção com o MEC. Uma pasta seria voltada para a educação básica, e a outra para o ensino superior.
O Ministério do Ensino Superior incorporaria a pasta da Ciência e Tecnologia. Lula, no entanto, desconversou quando foi questionado sobre o assunto.
– Não, não. Estou pensando em outras coisas – disse brevemente na saída da posse de Bruno Dantas na presidência do Tribunal de Contas da União (TCU), nesta quarta-feira (14).
A pasta da Educação é uma das mais cobiçadas por diversos grupos políticos que apoiam o presidente eleito. O PT quer ocupar 12 ministérios em uma Esplanada que pode ter 35 pastas. Entre eles estão Educação e Desenvolvimento Social.
O ex-governador do Ceará e senador eleito Camilo Santana (PT) deverá ser anunciado nos próximos dias para comandar o Ministério da Educação. Inicialmente, o nome mais cotado para a pasta era o da atual governadora cearense Izolda Cela, que era vice na chapa de Santana, mas o PT pressionou para que o ministério fosse comandado por um nome da legenda.
A divisão do MEC estaria sendo discutida desde o último fim de semana, mas ainda não há definição.
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