PGR disse que não está preocupado com a hipótese
Em um vídeo divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta segunda-feira (15), o procurador-geral da República, Augusto Aras, falou sobre as eleições deste ano e afirmou que as “instituições brasileiras estão todas elas comprometidas com o processo democrático”. O PGR disse acreditar ainda que, caso o presidente Jair Bolsonaro perca as eleições, ele não deve tentar se manter no cargo.
O tema foi debatido por Aras durante um debate com correspondentes de veículos de imprensa internacionais. Ele foi questionado sobre as atitudes da PGR caso Bolsonaro contestasse o resultado das eleições.
Leia também
1 Bolsonaro: 'Brevemente teremos uma das gasolinas mais baratas'
2 Esquerda vai à Justiça por painel contra comunismo: "Criminoso"
3 Lula deve ir à posse de Alexandre de Moraes no TSE, dizem sites
4 Bolsonaro: Respeito a bandeira, a esquerda bota fogo nela
– Vamos imaginar que essa hipótese suscitada só ocorra se o presidente não lograr êxito na sua reeleição. Se isso acontecer, a partir do dia 1º de janeiro haverá um novo presidente que tomará posse. No Brasil esta posse, se não for transmitida diretamente pelo presidente que se afasta liturgicamente após o fim do seu mandato, ela é procedida pelo Congresso Nacional. De qualquer forma, dentro de clima de normalidade democrática que eu acredito que nós teremos em qualquer situação, não nos preocupa que vá acontecer – ressaltou.
O procurador-geral da República disse também que não está preocupado com a possibilidade de o presidente questionar o resultado do pleito.
– As instituições brasileiras estão todas elas comprometidas com o processo democrático, ciosas da responsabilidade com o país e de maneira que não me preocupa, neste momento, nenhuma medida judicial [de Bolsonaro contestando as eleições] porque essa é uma questão de legitimidade material. E nem quero crer que após 1º de janeiro, se o presidente não lograr êxito da reeleição, nem ele permaneça no palácio do Planalto ou do Alvorada, porque isso seria uma afronta à democracia – destacou.