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Zuckerberg nega acusação de que Facebook priorizou lucros

Fundador da plataforma alegou que pesquisas que trazem narrativas contra o Facebook foram retiradas de contexto

Pleno.News - 06/10/2021 08h50 | atualizado em 06/10/2021 09h24

Mark Zuckerberg Foto: WireImage/C Flanigan

Em um texto direcionado aos funcionários do Facebook e republicado em sua própria página na rede social, o fundador e presidente da plataforma, Mark Zuckerberg, afirma que pesquisas internas que mostram danos que o Instagram causaria ao bem-estar de adolescentes foram retiradas de contexto para criar uma narrativa de que a empresa não se importa com o tema.

Na publicação, o executivo disse que não é verdade que o Facebook priorize o lucro em detrimento da segurança dos usuários e que é “ilógico” afirmar que a companhia dê mais impulso a conteúdos que geram polarização política e social.

O texto vem a público em meio à mais recente crise de imagem do Facebook. Documentos internos da companhia obtidos pelo Wall Street Journal mostram que pesquisas do próprio Facebook constataram que o Instagram produziria danos à saúde mental de adolescentes, em especial meninas, e que a empresa resistiu a fazer mudanças em algoritmos.

Na terça-feira (5), Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que foi a responsável por trazer as pesquisas a público, disse, em audiência no Senado americano, que o Facebook priorizou o crescimento e os lucros em detrimento da segurança dos usuários. Sem citá-la, Zuckerberg rebateu a acusação.

– No coração dessas acusações está a ideia de que priorizamos o lucro em detrimento da segurança e do bem-estar [dos usuários]. Isso simplesmente não é verdade – escreveu.

Além disso, segundo Zuckerberg, é ilógico afirmar que o Facebook dá mais espaço a conteúdos polarizadores para aumentar o engajamento dos usuários. O fundador da plataforma disse ainda que o serviço ganha dinheiro “através de publicidade, e os anunciantes têm nos dito de forma constante que não querem seus anúncios próximos de conteúdos prejudiciais ou raivosos”

– Eu não conheço nenhuma empresa de tecnologia que parte para a construção de produtos que deixam as pessoas com raiva ou depressivas – alegou.

Zuckerberg afirmou que as pesquisas internas que vieram a público precisam ser visualizadas “com a foto completa”, mas que foram retiradas de contexto ao serem lidas individualmente. Ele defendeu que o Congresso americano atualize a regulamentação sobre plataformas de internet, mas se disse preocupado com “os incentivos que estão sendo criados”.

– Se atacarmos organizações que se esforçam para estudar seu impacto no mundo, estaremos efetivamente mandando a mensagem de que é mais seguro não olhar para este impacto, caso você encontre algo que poderia ser usado contra você – completou.

*AE

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