Técnicos de League of Legends se envolvem em escândalos sexuais
Situações foram denunciadas por vítimas nas redes sociais e treinadores perderam contratos após repercussão
Paulo Moura - 06/01/2021 09h09 | atualizado em 06/01/2021 09h43

Dois treinadores de clubes brasileiros do jogo eletrônico League of Legends (Liga das Lendas, em português) tiveram escândalos sexuais expostos nas redes sociais ao longo da terça-feira (5) e já começaram a ver o prejuízo devido a suas condutas. Os nomes de Gabriel “MiT” Souza e Guilherme “Kake” Morais foram ligados a casos de abuso e assédio e ambos perderam contratos.
Gabriel, conhecido como “MiT” na comunidade do jogo online, foi denunciado pela tatuadora Daniela Li, que diz ter sofrido agressão sexual por parte do ex-técnico de League of Legends dos times paiN Gaming e Flamengo, num encontro ocorrido há mais de cinco anos. Segundo o relato, ele tentou forçá-la a fazer sexo oral.
Horas após a denúncia, MiT se pronunciou por meio de nota oficial divulgada pelas redes sociais. No texto, o ex-treinador se disse “envergonhado” e desculpou-se de forma genérica, sem citar o motivo. Gabriel afirmou ainda que, no passado, “não conseguia encontrar a maturidade de hoje para tratar de um assunto tão importante”.
– Nos últimos anos, tenho evoluído constantemente como ser humano para entender que não há justificativas ou atenuantes para certas situações vividas. A evolução é um processo lento, constante e não repentino – escreveu.

No último ano, MiT foi um dos narradores do Circuito Desafiante, a extinta segunda divisão do League of Legends brasileiro. Após a repercussão do fato, porém, a desenvolvedora declarou ao Globo Esporte que ele não estará na equipe de transmissão do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) neste ano.
FLAMENGO DEMITE TREINADOR APÓS ACUSAÇÃO DE ASSÉDIO
O caso envolvendo Guilherme “Kake” Morais, treinador da equipe de League of Legends do Flamengo Academy, está relacionado a uma acusação de assédio sexual feita por um dos jogadores que trabalhou com ele há alguns anos.
Em uma postagem no Twitter, Marcos “Senshizada” Lacerda, na época com cerca de 15 anos, relatou que o treinador, que também tem passagem pelo time KaBuM, pedia o envio de fotos de jogadores sem roupas, sob a ameaça de remover de projetos ligados a ele aqueles que se negassem a fazer isto.

– Eu treinava com o Kake e mais 4 jogadores. Às vezes, o Sony ia junto. O Kake pedia descaradamente por “nudes”. Inclusive minha mãe escutou, e ficou sabendo, e quase me proibiu de jogar na época. Recusei, e ele passou a cobrar minha “estádia” no time – escreveu o jogador.
Após a repercussão, o Flamengo divulgou o afastamento do treinador na noite desta terça-feira. Na breve postagem, o clube rubro-negro disse “repudiar qualquer tipo de assédio”. Procurado pelo site Globo Esporte, Guilherme “Kake” não respondeu aos questionamentos.
– O Flamengo Esports comunica que Guilherme Kake foi desligado da organização nessa terça-feira. É importante repudiar qualquer tipo de assédio não só nos esportes eletrônicos, na sociedade – diz o comunicado do clube.
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