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Mulheres dominam mercado de games e jogos online

Em 2016, elas já representavam quase 53% dos gamers brasileiros

Gabriela Doria - 31/08/2017 16h50

Foi-se o tempo em que videogames eram brincadeiras exclusivas para meninos. Meninas também brincam e gostam muito disso. Representando mais da metade dos gamers brasileiros, elas estão se consolidando como público-alvo do mundo da tecnologia. Seguindo na contramão da crise econômica, o mercado dos videogames continua em plena expansão. Somente neste ano, deve movimentar US$ 1,7 bilhão no Brasil – o que significa 35% da receita do setor na América Latina. E elas são tanto responsáveis por esse crescimento, quanto os rapazes.

Administradora da página Garotas Que Jogam Videogame, a maior comunidade de games do Facebook voltada só para meninas, a designer de moda Ana Carolina Salomão, de 22 anos, acredita que não existe um estereótipo de meninas jogadoras de videogames pois elas gostam de todos os tipos de jogos.

– Acho que as meninas são bem ecléticas em relação aos jogos. Elas estão dominando o mercado gamer. Não existe mais “esse jogo é só para mulher e esse aqui é só para homens”.

Mulheres já dominam o mercado de games Foto: Pexel

Engana-se também quem pensa que elas preferem jogos mais calmos ou sem muita ação. Em sua experiência, gerenciando a página, Ana Carolina afirma que todos os tipos de games atraem o público feminino.

– As mulheres amam jogar esses jogos violentos como Battlefield, Call Of Duty, Black, GTA, Rainbow Six, entre outros. Gostam dos de ação como Tomb Raider e Uncharted e jogos de corrida, como Need for Speed. E ainda adoram jogar os mais lights no celular, como Angry Birds, Candy Crush e até The Sims no computador.

Entretanto, a jovem destaca que, apesar de representarem a maior parte do mercado, ainda há muito preconceito vindo dos próprios homens que jogam.

– Quando eu criei a página, em 2012, existiam muitas mensagens negativas. Sempre surgiam homens falando que videogame não é coisa de mulher. Eu também via muito machismo nas partidas online. Como por exemplo, se você fizer uma pontuação maior que os homens, eles ficam chateados e começam a xingar ou falam que deixaram ganhar porque é uma mulher. As meninas ficam um pouco apreensivas em jogar e adicionar um homem quando estão nas partidas online porque, na maioria das vezes, eles dão em cima delas.

Mesmo a igualdade estando longe no tratamento entre homens e mulheres gamers, Ana Carolina vê uma melhora no que diz respeito ao preconceito contra as meninas e diz que não se pode generalizar o comportamento dos rapazes.

– Vendo pelo público da página, não vejo mais tantas mensagens machistas. Há uma certa harmonia entre homens e mulheres nas partidas online; mas uma hora ou outra, acontecem essas situações, porque os homens acham que é raro uma mulher jogar videogame.

A carioca ressalta que, o mais importante, afinal, é existir o respeito entre os jogadores.

– Todo mundo tem que ser tratado do mesmo jeito nos jogos, pois todos são gamers. É preciso tratar as mulheres como iguais nas partidas online – finalizou a jovem.

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