Google não usará inteligência artificial para criar armas
Empresa se comprometeu a usar esta tecnologia apenas de maneira "socialmente benéfica"
Jade Nunes - 08/06/2018 08h33
O Google informou, nesta quinta-feira (7), que não usará inteligência artificial para criar armas ou métodos de monitoramento que violem os direitos humanos, mas continuará colaborando com governos em projetos militares.
A empresa respondeu assim à divulgação de uma carta, assinada por mais de 4 mil de seus funcionários, que denuncia o possível uso de inteligência artificial da empresa em um programa governamental americano, conhecido como Project Maven, para melhorar a precisão de ataques com drones.
O protesto levou alguns funcionários, inclusive, a pedir demissão, segundo veículos de imprensa especializados.
Em resposta, o Google garantiu no início do mês que não renovará o contrato assinado com o Pentágono, que expirará no ano que vem, e hoje divulgou no blog da empresa uma série de regras para o uso apropriado da inteligência artificial.
Entre as regras, segundo Sundar Pichai, CEO da companhia, está prevista a obrigação de que a inteligência artificial seja “socialmente benéfica”.
Além disso, o executivo enfatizou que a empresa não tem o objetivo de que a inteligência artificial seja utilizada em “armas e outras tecnologias cujo principal objetivo ou implementação seja causar ou diretamente facilitar ferimentos em pessoas”.
Pichai ressaltou também que não permitirá que a tecnologia “compile ou utilize informações de maneira que viole normas internacionais aceitas sobre direitos humanos”.
Além disso, o CEO do Google assegurou que a companhia continuará colaborando com governos em projetos militares dentro de áreas como cibersegurança, treinamento e recrutamento.
*Com informações da Agência EFE
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