Quase 200 mil brasileiros tiveram o WhatsApp clonado
Falsas vagas de emprego e anúncios de venda são os mais usados como isca
Rafael Ramos - 17/02/2020 10h09
Um levantamento feito pelo laboratório dfndr lab, que é especializado em segurança digital, apontou que 198,1 mil brasileiros tiveram suas contas de WhatsApp clonadas só no mês de janeiro. A maior parte dos casos aconteceu no Sudeste, sendo 24, 2 mil no Rio de Janeiro, 41,2 em São Paulo e 15,9 mil em Minas Gerais.
A temática mais utilizada no golpe foi a falsa vaga de emprego em empresas conhecidas para atrair as vítimas. Ao clicar no link, o internauta é direcionado para um site falso com um questionário e depois o indivíduo é induzido a compartilhar o link do golpe com mais dez contatos para desbloquear a vaga. Na verdade, o criminoso só está usando o artifício para espalhar o golpe entre os contatos da pessoa.
Anúncios de vendas e desapegos, como a OLX, também têm sido usados como iscas por cibercriminosos. Outro modus operandi tem sido o “golpe da festa” a fim de atingir atores, youtubers e influenciadores.
– No golpe da festa, o criminoso pesquisa por eventos que terão a presença de pessoas famosas. Depois, se passando pelo organizador da festa, o golpista entra em contato com a potencial vítima para solicitar uma suposta confirmação de identidade. Para realizar a confirmação, a pessoa precisa informar um código enviado ao seu celular. Contudo, o que a vítima não percebe é que este código se trata de um PIN de seis dígitos que libera acesso à sua conta do WhatsApp. Ao fornecê-lo, ela tem a sua conta no mensageiro bloqueada em seu celular e liberada no aparelho do atacante – explica o diretor do dfndr lab, Emilio Simoni.
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