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Brasil está despreparado para “pandemia de ciberataques”

CEO da empresa que descobriu os dois 'megavazamentos' faz uma análise da situação brasileira

Thamirys Andrade - 14/02/2021 13h34 | atualizado em 14/02/2021 13h41

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Dados sensíveis estão à venda na DarkWeb Foto: Joan Gamell | Unsplash

O ano de 2021 mal iniciou, mas o Brasil já foi surpreendido por dois megavazamentos de dados sensíveis. Para Marco DeMello, CEO da PSafe, empresa de segurança cibernética que descobriu os crimes, nós vivemos outra pandemia além da Covid-19: a de ciberataques, e o Brasil não está preparado para lidar com ela. As informações são da BBC News.

Em janeiro, a PSafe revelou a exposição de 223 milhões de CPFs e outras informações como salários e fotos de pessoas vivas e falecidas. Em fevereiro, o vazamento de 103 milhões de dados de celulares também veio à tona. Entre as pessoas afetadas, estão também figuras políticas como o presidente Jair Bolsonaro, além de celebridades.

– Essas duas pandemias coexistem e foram aceleradas no mesmo ano. O que estamos vendo dessa pandemia digital de ciberataques é uma realidade em que todas as empresas e indivíduos estão vulneráveis a ataques de inteligência artificial avançadas e as defesas não se adaptaram ainda a essa nova realidade – afirmou DeMello.

O CEO explica que o Brasil ainda está muito atrás em questão de segurança cibernética. De acordo com ele, a média brasileira para descobrir que uma empresa foi invadida é de 46 dias. Já nos Estados Unidos são de 24 a 48 horas, o que segundo o especialista, já é ruim. “Teria que ser segundos”, afirma.

– O Brasil tem uma defasagem muito grande entre a sua posição econômica e a sua posição em termos de cibersegurança. É a 8ª maior economia e o penúltimo, dentre 47 países monitorados, em velocidade de detecção de vazamento de dados – aponta.

VENDA DE DADOS NA DARKWEB
A equipe da PSafe identificou também que os dados roubados estão disponíveis para a compra na DarkWeb. Entre as informações comercializadas estão contas de celular, duração de ligações, número de telefone, CPF, endereço e mais. Cada registro é vendido a US$ 1, com direito à promoção no caso de compra de milhões de contas por uma mesma pessoa.

– Isso está indicando que as empresas e órgãos públicos precisam encarar essa pandemia de ciberataques por inteligência artificial com total seriedade e urgência – alerta DeMello.

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