Apple remove aplicativos de VPN da China
Programa permite burlar a censura na internet imposta pelo país
Jade Nunes - 31/07/2017 12h02 | atualizado em 03/08/2017 14h23
A Apple retirou da App Store da China diversos aplicativos de redes virtuais privadas, conhecidas como VPN, no último fim de semana. Os programas eram usados por chineses para burlar a censura do país e acessar serviços proibidos como Google e Facebook.
Segundo a BBC, cerca de 60 aplicativos foram removidos. A Apple justificou alegando que a empresa foi notificada judicialmente a retirá-los, porque estavam em desacordo com as novas regulações.
O governo chinês possui um grande sistema de censura. Todo o tráfego na internet é controlado por meio de filtros. A ONG Great Fire afirma que cerca de 80 mil sites são bloqueados, 24.431 buscas no Google são proibidas e 878 verbetes da Wikipédia são impossíveis de acessar. O VPN era a forma de acessar esse tipo de conteúdo.
No começo do ano, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação emitiu um comunicado em que dizia que apenas serviços registrados poderiam operar, e pediu que as companhias limitassem o uso dessas redes para uso interno. As operadoras de telefonia estatais da China receberam ordens para bloquear acessos individuais a VPNs a partir de fevereiro de 2018.