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USP cria teste para identificar zika com maior precisão

Novo método tem índice de acertos de aproximadamente 92%

Paulo Moura - 16/10/2019 15h08 | atualizado em 16/10/2019 15h10

Pesquisa da USP aumenta precisão de identificação do vírus da zika Foto: Jornal da USP/Marcos Santos

Um novo teste desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) consegue identificar a infecção pelo vírus da zika com precisão sem precedentes, o que deve facilitar o trabalho de médicos e autoridades de saúde pública que ainda tentam entender os riscos trazidos pela doença.

– Até hoje, o maior problema para chegar a esse tipo de teste era a grande semelhança entre as proteínas do vírus da zika e as da dengue. Era muito difícil separar um do outro – explica o virologista Edison Luiz Durigon, pesquisador do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da universidade) e um dos responsáveis pelo trabalho.

Para contornar o problema, a equipe conseguiu identificar um pedaço de uma das moléculas virais, a chamada NS1 (sigla de “proteína não estrutural 1”), que é suficientemente diferente de um vírus para o outro. Graças à escolha desse alvo, o teste tem tanto especificidade quanto sensibilidade de 92%. A especificidade de testes anteriores era de 75%.

Isso significa que o novo exame raramente produz falsos positivos, ou seja, não identifica a presença de outro vírus como sendo o da zika e falsos negativos, isto é, não “deixa passar” o vírus da zika como se fosse outro causador de doenças.

O trabalho levou ao depósito de uma patente, ou seja, uma invenção, com direitos de propriedade intelectual garantidos e ao licenciamento do teste para produção comercial pela empresa AdvaGen Biotech, de Itu (SP).

A comercialização dos kits com 96 testes cada um já foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Os pesquisadores calculam que o custo por pessoa fique em torno de R$ 30, o que viabilizaria o uso em grande escala no SUS.

A tendência é que os especialistas passem a entender melhor a dinâmica de espalhamento da zika entre a população. Há boas pistas de que a primeira onda da doença no país infectou milhões de pessoas, em tese deixando-as imunes à doença.

*Folhapress

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