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São Paulo confirma 1° caso de contaminação por superfungo

Casos recentes foram registrados em Pernambuco

Pleno.News - 08/06/2023 09h18 | atualizado em 08/06/2023 10h11

Caso de Candida Auris foi confirmado em São Paulo Foto: CDC/Shawn Lockhart

São Paulo confirmou nesta quarta-feira (7) o primeiro caso de contaminação pelo superfungo Candida auris no estado. A doença, registrada em 18 de maio, foi diagnosticada em um bebê prematuro que está internado no Hospital da Mulher da Universidade de Campinas (Unicamp), o Caism, no interior paulista.

Em nota, o Caism informou que o bebê infectado apresenta boa evolução clínica, e que algumas das fragilidades encontradas no seu estado de saúde estão relacionadas ao fato da criança ter nascido de forma prematura. O hospital afirmou também que, até o momento, a contaminação pelo Candida auris não atingiu outros pacientes do hospital, e que continua monitorando outros internados.

Foi adotada, de acordo com o hospital da Unicamp, a metodologia de precaução de contato para os pequenos que foram atendidos por médicos que tiveram contato com o caso fonte. Além disso, medidas de prevenção e controle da doença foram adotadas pelo hospital. Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado informou que o hospital implementou “todas as medidas de prevenção e controle” sobre a doença.

ALTA LETALIDADE E RESISTÊNCIA
Uma característica do superfungo Candida auris é alta letalidade e a capacidade de resistir aos remédios usados para combater o agente patológico. Há várias linhagens do fungo, e algumas são imunes a todas as três classes de remédios existentes. E embora os meios de transmissão sejam incertos, a contaminação dentro de hospitais é um traço comum no histórico do superfungo.

No Brasil, onde o primeiro caso foi detectado em 2020, já foram registrados três surtos da doença: dois em Salvador, na Bahia, e um, mais recente, no Recife, em Pernambuco. Todos aconteceram dentro de unidades hospitalares. Em um desses surtos, 48 pessoas foram infectadas entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022.

Neste ano, os casos voltaram a surgir. No último 11 de maio, a confirmação de um diagnóstico positivo para a doença levou o Hospital Estadual Miguel Arraes, na cidade de Paulista, que fica na Região Metropolitana de Recife, a suspender o recebimento de novos pacientes na unidade. Três dias depois, um paciente que estava internado em um hospital da capital pernambucana também foi contaminado.

De lá para cá, outras pessoas foram positivadas, e fazem o estado nordestino somar, até esta quarta, nove confirmações de contaminados para Candida auris. A alta letalidade, inclusive, pode estar relacionada justamente ao fato de o fungo contaminar pacientes hospitalizados que já estão com a saúde fragilizada.

Segundo agências de saúde como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, do governo dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), a taxa de mortalidade dos infectados chega a 60%. O CDC informa que as principais medidas de prevenção e controle contra o superfungo são a higienização das mãos (usar luvas não é suficiente) e a limpeza e desinfecção do local onde o paciente está internado.

*AE

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