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Relembre ações e mudanças no Ministério da Saúde

Pasta enfrenta troca de gestão e luta contra o tempo frente ao coronavírus

Camille Dornelles - 15/05/2020 16h16

Médico oncologista Nelson Teich pediu demissão do Ministério da Saúde Foto: PR/Alan Santos

A ascensão do general Eduardo Pazuello a ministro interino da Saúde marca mais um capítulo das mudanças ocorridas no Ministério da Saúde durante a pandemia do novo coronavírus.

A pasta se tornou a mais relevante no momento atual e enfrenta sua segunda mudança de gestão no período de um mês. Mas não é apenas a troca de ministros que marca o Ministério da Saúde nesta pandemia. Muitas ações já foram realizadas pela pasta na luta contra a Covid-19.

Confira abaixo a cronologia do Ministério da Saúde desde o início do acompanhamento da Covid-19 no Brasil.

Luiz Henrique Mandetta foi o primeiro ministro a enfrentar a pandemia do novo coronavírus no Brasil Foto: Reprodução

JANEIRO
DIA 28 – O Ministério da Saúde confirma três casos suspeitos de Covid-19 no território brasileiro, nas cidades de Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba, e eleva o alerta de emergência do nível 2 para o 3. Então ministro Luiz Henrique Mandetta passa a fazer coletivas de imprensa diárias para atualização de dados.

FEVEREIRO
DIA 3 – O então ministro Luiz Henrique Mandetta anuncia que determinaria regras sobre a volta de brasileiros presentes na cidade de Wuhan, na China, onde os casos mundiais estavam concentrados na época.

DIA 4 – Ministério da Saúde confirma a presença de 29 brasileiros em Wuhan e que eles seriam trazidos para o Brasil no dia 8 de fevereiro.

DIA 5 – Governo brasileiro envia dois aviões para trazer brasileiros de Wuhan para o Brasil. O Ministério anunciou que seriam trazidos 34 brasileiros e que eles ficariam 14 dias em quarentena na cidade de Anápolis, em Goiás.

DIA 6 – Ministério informa a existência de nove casos suspeitos no Brasil.

DIA 23 – Termina a quarentena de brasileiros trazidos de Wuhan e profissionais que tiveram contato com eles. Grupo de 58 brasileiros é liberado pelo Ministério da Saúde.

DIA 25 – Ministério da Saúde confirma primeiro caso de Covid-19 no Brasil, no estado de São Paulo.

DIA 29 – Ministério da Saúde registra 207 casos suspeitos, em 17 estados e a confirmação do segundo caso no Brasil.

Testes passam a ser realizados em grande quantidade Foto: Arquivo/EFE/Alex Plavevski, Salvatore di Nolfi, Antonio Lacerda, , Luis Torres

MARÇO
DIA 3 – Ministro da Saúde faz coletiva de imprensa e anuncia aumento do número de casos de 433 para 488, em 23 dos 26 estados brasileiros.

DIA 5 – Ministério da Saúde aponta 531 casos suspeitos, oito confirmados, descarte de 314 casos e que os estados mais afetados eram São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Pasta também aponta transmissão local da doença e anuncia aquisição de máscaras de proteção para profissionais de saúde pública por R$ 72,9 milhões.

DIA 6 – Número de casos confirmados de Covid-19 é atualizado pelo Ministério para dez. Convocação de médicos para o programa Mais Médicos é feita para reforçar linha de frente e telemedicina é disponibilizada ao atendimento de doentes graves e leitos de UTI.

DIA 11 – Ministério confirma primeiro caso de pessoa curada da Covid-19 e 907 casos suspeitos. Pasta negocia liberação de R$ 5 bilhões para ações de enfrentamento da doença.

DIA 12 – Ministério da Saúde disponibiliza 5,811 vagas para médicos formados no Brasil para o programa Mais Médicos.

DIA 13 – Ministro da Saúde anuncia que primeiro paciente (Paciente 1) com a doença confirmada no Brasil foi curado. Também regulamenta regras para isolamento social e quarentena.

DIA 16 – Casos confirmados passa para 234 e pasta anuncia liberação de R$ 432 milhões para combate da doença pelos estados.

DIA 17 – Ministério da Saúde anuncia primeira morte pelo novo coronavírus, no estado de São Paulo e outros 291 casos confirmados. Pasta recomenda testes apenas de casos graves.

DIA 19 – Ministério orienta postos de saúde a decretar 14 dias de quarentena para quem apresentar sintomas leves da doença, como febre e tosse.

DIA 20 – Pasta anuncia reconhecimento de transmissão local da doença em todo o território nacional. Pede que governos promovam distanciamento social e fim de aglomerações. Casos confirmados sobem para 904 e 11 mortes.

DIA 24 – Ministério da Saúde atualiza dados para 1.965 casos confirmados e 47 mortes. Pasta amplia testes disponíveis para 22,9 milhões e convoca empresas para adquirir 1 milhão de frascos de álcool gel, 200 milhões de máscaras e 120 milhões de luvas.

DIA 25 – Ministério repassa R$ 600 milhões para estados e municípios enfrentarem a pandemia e publica guia para manejo de corpos de vítimas. Mandetta anuncia a distribuição de 3,4 milhões de unidades de cloroquina e hidroxicloroquina. Casos confirmados são 2.433 e 57 mortes.

DIA 26 – Ministério cria canal exclusivo para receber doações de insumos, materiais de proteção e equipamentos. Mortes sobem para 77 e casos confirmados para 2.915.

DIA 27 – Pasta anuncia repasse de R$ 140 milhões para construção de hospital de campanha no Rio de Janeiro. Casos confirmados são 3.417 e 92 mortes.

DIA 30 – Pasta decide dar bonificação de 20% para profissionais de saúde residentes por trabalharem no enfrentamento à Covid-19. Mortes pela doença são 159 e casos confirmados, 4,579.

DIA 31 – Pasta atualiza aplicativo Coronavírus SUS para enviar mensagens de alerta para usuários que tiveram contato com pessoas contaminadas.

Hospital de campanha no Riocentro, na capital do Rio de Janeiro Foto: Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

ABRIL
DIA 1º – Ministério anuncia distribuição de 500 mil testes rápidos, monitoramento à distância de casos suspeitos, chamada pública de R$ 50 milhões para pesquisas por tratamento, diagnóstico e cura e convoca estudantes universitários da saúde para atuar no combate ao coronavírus.

DIA 4 – Pasta anuncia aquisição de 15 mil respiradores, um investimento de R$ 1 bilhão. Número de mortes é atualizado para 445 e casos confirmados passam de 10 mil, sendo 10.361.

DIA 8 – Ministério anuncia pagamento de R$ 1,6 mil por dia em leitos de UTI e distribuição de 870 mil testes e 240 milhões de máscaras para os estados. Brasil registra 800 óbitos e 15.927 casos confirmados.

DIA 9 – Pasta libera mais R$ 4 bilhões para estados e municípios. Óbitos chegam a 941 e casos confirmados, 17.867.

DIA 13 – Ministério da Saúde monitora pesquisa com plasma sanguíneo de pacientes curados para tratamentos da Covid-19. Boletim oficial atualiza mortes para 1.328 e casos confirmados para 23.430.

DIA 14 – Ministério começa a realização de Censo Hospitalar. Brasil tem 25.684 casos confirmados.

DIA 16 – Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta é exonerado. Médico oncologista Nelson Teich assume a pasta.

DIA 17 – Nelson Teich toma posse como novo ministro da Saúde. Pasta distribui 10,9 milhões de equipamentos de proteção a profissionais de saúde.

DIA 20 – Ministério anuncia compra de 3,3 mil respiradores. Casos: 2.575 mortes e 40.581 confirmados.

DIA 23 – Ministério disponibiliza 1.134 leitos e UTI para pacientes graves e lança lote para aquisição de 35,3 milhões de equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde.

DIA 27 – Nelson Teich afirma que saída do isolamento social será gradual e por região.

DIA 29 – Então ministro Teich pede diretrizes específicas para que cada região deixe isolamento social, mas mantém recomendação de distanciamento social.

Ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, decidiu pedir demissão do cargo Foto: Agência O Globo/Edu Andrade

MAIO
DIA 2 – Pasta contrata 267 profissionais para atuar no Amazonas, que enfrenta escalada do número de casos e colapso do sistema de saúde. Balanço do Ministério aponta 96.559 casos e 6.750 mortes.

DIA 6 – Ministério lança programa Diagnosticar para Cuidar, com o objetivo de testar 46 milhões de pessoas. Mortes sobem para 8.536 e casos confirmados, 125.218.

DIA 14 – Pasta institui Gabinete de Crise para enfrentamento da Covid-19 no SUS. Brasil chega a 200 mil casos confirmados da doença.

DIA 15 – Ministro Nelson Teich pede demissão e general Eduardo Pazuello assume interinamente.

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