Pleno.News - 23/01/2020 15h31 | atualizado em 28/01/2020 16h17

Durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, Suíça nesta quinta-feira (23), médicos participantes revelaram que a quarentena imposta as cidades chinesas de Wuhan, Huanggang e Ezhou não interromperá a transmissão do coronavírus.

Um deles foi o cientista Jeremy Farrar, que já chefiou a Unidade de Pesquisa Clínica da Universidade de Oxford no Vietnã por duas décadas.

– Várias cidades que relataram casos podem esperar por muito mais – declarou.

Ele explicou que o novo coronavírus “não é a SARS (síndrome respiratória aguda que se tornou uma epidemia em 2003), mas provém de uma família semelhante e sua gravidade só será conhecida dentro de algumas semanas”.

Já o médico e diretor da Coalizão para Inovações nos Preparativos Epidêmicos, Richard Hatchett, disse que agora “o que não sabemos sobre o coronavírus é mais do que sabemos” e que “a dinâmica do contágio e sua severidade são as maiores incógnitas”.

– Nas próximas semanas e meses, entenderemos melhor tudo isso – disse o médico.

As autoridades chinesas inicialmente emitiram severas restrições de viagem para entrar e sair de Wuhan, uma cidade de 11 milhões de pessoas e onde o vírus surgiu, aparentemente em um mercado há seis semanas.

Ferrer disse que o vírus pode ter vindo de morcegos e animais infectados inicialmente. Porém, o que causa mais temor é que ele tenha “atravessado a barreira das espécies tão rapidamente e agora a transmissão também é entre os humanos”.

*Com informações da Agência EFE

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