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“Não estamos à mercê deste vírus”, diz diretor da OMS

Organização acredita que o risco de uma pandemia é bastante real

Rafael Ramos - 11/03/2020 08h36

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus Foto: Agência Brasil/José Cruz

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a ameaça de uma pandemia do coronavírus é bastante real. Uma pandemia se caracteriza quando uma epidemia de uma doença infecciosa se espalha entre a população de uma grande região geográfica, como um continente, ou todo o planeta. O total de contaminados em todo o mundo se aproxima dos 120 mil.

– Agora que o novo coronavírus está presente em muitos países, a ameaça de uma pandemia tornou-se muito real. Mas seria a primeira pandemia da história que poderia ser controlada. O ponto principal é: não estamos à mercê deste vírus – declarou Tedros.

Para o diretor-executivo de programas de emergência da OMS, Michael Ryan, ainda estamos no meio da epidemia. Ryan afirma que a doença “não terminou seu caminho”.

– Da nossa perspectiva, nós estamos alcançando o ponto, com 100 países e 100 mil casos, em que é hora de olhar para trás e pensar. Não é uma medida quantitativa, mas qualitativa. A essa altura, muitos países podem ser afetados, o vírus estará em todos os lugares. Não estou preocupado com a palavra, estou preocupado com a reação do mundo a essa palavra. Qual vai ser a reação? Lutar contra o vírus ou desistir? – questionou Ryan,

Segundo a OMS, 80% dos pacientes na China – considerado o epicentro do Covid-19 – apresentaram dores no corpo, febre ou tosse. Do total de infectados, 13% tem doenças cardiovasculares e vieram a falecer, assim como 9% dos que têm diabetes.

– Qualquer indivíduo, de qualquer idade, importa. Nos machuca saber que em alguns países eles querem ir para a mitigação porque o vírus só mata as pessoas mais velhas. Isso é perigoso. Se mata uma pessoa mais velha ou mais nova, qualquer país tem obrigação de salvar aquela pessoa. Nós não desistimos. Nós lutamos para proteger nossas crianças, nossos velhos. No fim do dia, é uma vida humana – afirmou Tedros.

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