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Mutações da varíola dos macacos estão indo 12 vezes mais rápido

Alerta foi feito por estudo do National Institutes of Health

Thamirys Andrade - 28/06/2022 16h32 | atualizado em 28/06/2022 17h16

Imagem ilustrativa Foto: Pixabay

Um estudo feito pelo National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, alertou que a versão do vírus da varíola dos macacos responsável pelo surto atual tem sofrido mutações doze vezes mais rápido que o esperado. As alterações ocorrem à medida que o número de casos têm subido no mundo.

Diferentemente da Covid-19, o vírus da varíola dos macacos tende a ser mais lento para sofrer variações, o que dificultava o contágio dessa doença no passado.

– Foi bastante inesperado encontrar tantas mutações no vírus da varíola dos macacos de 2022. Na verdade, considerando as características do genoma desse tipo de vírus, é provável que não mais do que uma ou duas mutações surjam a cada ano – declarou um dos autores do estudo, João Paulo Gomes.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram a estrutura genômica de 15 amostras do vírus a fim de tentar rastrear as mutações. A constatação indicou que o vírus pode estar se tornando mais contagioso em razão da velocidade de suas mutações.

Porém, ainda não está claro sobre como essas mudanças podem influenciar na gravidade da infecção, sendo necessário, portanto, estudos mais aprofundados para compreender tais alterações.

Os sintomas da doença são parecidos com os da gripe, levando a dores de cabeça e musculares, febre e mal-estar. A enfermidade também é capaz de causar escoriações pelo corpo, semelhantes às da catapora.

Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgados nesta quarta-feira (22), foram registrados neste ano 3.400 casos da doença. A maior parte dessas infecções foi registrada no continente europeu. A entidade, contudo, ainda não considera a enfermidade como uma emergência de saúde global, embora a enxergue como um fator preocupante.

No Brasil, há 17 casos confirmados até o momento, sendo 11 deles em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul.

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