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Governo quer mais mil leitos de UTI devido ao coronavírus

Previsão é de que as vagas sejam abertas em hospitais de referência para atendimento de possíveis casos em até 30 dias.

Pleno.News - 30/01/2020 19h33

Em meio ao avanço de casos do novo coronavírus na China e novos registros em outros países, o Ministério da Saúde se prepara para abrir uma licitação para contratar cerca de mil leitos extras de UTIs. A previsão é que os leitos sejam abertos em hospitais de referência para atendimento de possíveis casos em até 30 dias.

– É bem provável que vamos precisar de um acréscimo na oferta de leitos de cuidados intensivos, então começamos a abrir um processo de licitação para ter mais mil leitos de UTI em hospitais de referência para coronavírus. A partir daí, os leitos serão colocados em 30 dias em funcionamento nos hospitais que forem selecionados pelos estados – disse o secretário-executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis.

Segundo ele, os leitos devem ser distribuídos conforme a necessidade de cada local.

– A distribuição seguirá os planos de contingência e a evolução da doença – diz.

O valor do investimento não foi informado –em geral, o custo mensal varia entre R$ 15 mil a R$ 20 mil por leito.

A medida faz parte de um conjunto de ações em planejamento em meio ao risco de entrada do vírus no país. Nesta quinta (30), a Organização Mundial de Saúde decidiu declarar emergência em saúde pública a nível internacional devido ao coronavírus.

Representantes do Ministério da Saúde disseram que a avaliação da OMS já era esperada.

– A avaliação de risco não é estática, muda diariamente. Estamos acompanhando o desdobramento das ações. Não é nenhuma surpresa a adoção dessa nova definição ou declaração – afirma o secretário de vigilância em saúde, Wanderson Oliveira.

De acordo com Oliveira, a pasta ainda analisará as recomendações da organização para verificar se há necessidade de alguma mudança nas ações já adotadas no Brasil em relação ao vírus. A declaração por si só não traz uma mudança imediata, diz ele.

– Temos que ver se houve mudança relativa ao trânsito de pessoas ou na definição de casos. Adotaremos e seguiremos as recomendações da OMS – diz.

No mundo todo são 8.235 casos confirmados de coronavírus no mundo. Destes, 8.124 ocorreram na China continental (sem contar Hong Kong e Macau). Ao todo, 20 países já registraram infecções pelo novo vírus.

Balanço divulgado nesta quinta-feira (30) pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil ainda registra nove casos de suspeita de coronavírus.

Por outro lado, subiu de quatro para seis o número de casos descartados para a doença. A mudança ocorre após resultado de exames em dois casos que eram investigados em Santa Catarina e que tiveram diagnóstico para outros tipos de vírus.

Segundo o ministério, também houve mudança na lista de casos de suspeita de coronavírus com mudança na classificação de alguns registros anteriores e entrada de outros casos.

– Estamos validando caso a caso. Esses números vão ficar mais estáveis nos próximos dias – diz Oliveira.

Os registros de suspeita da doença estão distribuídos atualmente em Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Rio Grande do Sul (2), Paraná (1) e Ceará (1).

Ainda segundo o balanço, desde 18 de janeiro, outros 28 casos de pessoas com sintomas respiratórios chegaram a ser notificados por secretarias de saúde para serem avaliados, mas nenhum se enquadrava na definição de casos suspeitos.

Em geral, o ministério considera como casos suspeitos aqueles que apresentam febre e sintomas respiratórios, como tosse e dificuldade para respirar, além de histórico de viagens à China em até 14 dias antes do início dos sintomas –o período corresponde ao tempo máximo avaliado até o momento de incubação do vírus (tempo entre a infecção e o desenvolvimento dos sintomas).

Na última semana, a pasta ativou um centro de operações de emergência para monitorar o registro de possíveis casos. O centro, formado por especialistas em emergência em saúde pública, foi ativado em nível 1, entre três possíveis, o que indica um alerta inicial, visando a preparação da rede de saúde.

Com o registro do primeiro caso suspeito, o nível de alerta passou a 2, o que indica um risco iminente do vírus entrar no país. Caso haja confirmação do primeiro caso, a previsão é que esse alerta passe ao último nível, quando o país poderá declarar emergência em saúde pública a nível nacional. A medida visa reforçar ações para evitar que haja a manutenção da transmissão da doença no país e garantir que haja assistência a possíveis casos.

*Folhapress

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