Fevereiro Laranja marca alerta para combate à Leucemia
Realização de exames, como hemograma, ajuda na identificação precoce
Ana Luiza Menezes - 01/02/2019 18h07 | atualizado em 04/02/2019 09h43
O mês de fevereiro marca o período de conscientização sobre a leucemia, com ações que visam o combate à doença. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) indicam que as estimativas de novos casos são de 10.800, sendo 5.940 homens e 4.860 mulheres (2018 – INCA).
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos. Uma das principais características é o acúmulo de células doentes na medula óssea, onde as células de sangue são formadas.
Entre os 12 tipos de manifestação dessa enfermidade estão a leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).
– As leucemias podem ser se agudas ou crônicas, ambas podendo ser linfoide ou mieloide, dependendo do tipo de glóbulos brancos. As agudas são as mais graves e necessitam de quimioterapia com urgência. As leucemias crônicas podem né precisar de tratamento como a leucemia linfoide crônica. A leucemia mieloide crônica é tratada com medicamento oral – explicou a médica Carla Maria Boquimpani, hematologista do Centro de Excelência Oncológica, no Rio de Janeiro.
Segundo ela, existem diferentes sintomas. Como parte dos indícios da leucemia aguda, o paciente se sente mal, podendo sentir fraqueza, sangramento e vômito. Já o caso crônico pode permanecer assintomático durante muito tempo.
IDADE, GÊNERO E HISTÓRICO FAMILIAR
O tipo definido como linfoide é mais incidente em pessoas mais acima de 60. Já a leucemia mieloide afeta pessoas acima de 50 anos.
Entre homens e mulheres, seu acometimento é proporcionalmente igual. Dados do Inca apontam que, no ano passado, as estimativas de novos casos no Brasil eram de 10,8 mil, sendo 5,94 mil homens e 4,86mil mulheres. Todo paciente que tem histórico câncer na família tem maiores chances de desenvolver a doença.
DIAGNÓSTICO PRECOCE
Uma forma de combate eficaz é o diagnóstico precoce, por meio da realização de exames anuais, em especial o hemograma.
TRATAMENTO
A Leucemia mielóide crônica (LMC) requer tratamento até o fim da vida. O tratamento da leucemia aguda dura em torno dois anos, dependendo do tipo de melhor prognóstico.
Se o caso for de risco alto, será preciso fazer transplante. O acompanhamento do paciente apos remissão da leucemia aguda deve ser até pelo menos cinco anos. O acompanhamento da leucemia crônica não tem fim.
Uma vez que a doença esteja sob controle, ela passará a ser controlada com medicamentos ou apenas sendo acompanhada sem critérios para tratamento.
CURA E SEQUELAS
A Leucemia crônica não tem cura. A aguda sim. Dependendo do tratamento, é possível que haja consequências ou sequelas, mais são muito específicas.
CUIDADOS
No dia a dia, o paciente necessita de cuidados, além do tratamento. A quimioterapia reduz a imunidade do paciente e, por isso, a recomendação é que ele evite lugares públicos, principalmente se tiver leucemia aguda. A crônica não demanda muitas restrições. Após a cura, a vida pode voltar a ser completamente normal para quem enfrentou uma leucemia crônica.
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